Redação Galeria da Arquitetura
Com as cidades cada vez mais verticalizadas, os jardins verticais
ou paredes verdes ganharam evidência. A adoção desse método propicia diversos
benefícios à ordem ambiental, como a melhoria do ar por meio da captação de
poluentes em ambientes externos, e a refrigeração natural e isolamento acústico em locais internos. Além disso, são mais
econômicos do que os jardins convencionais, não necessitam de grandes áreas e
trazem o elemento estético como grande trunfo. Quando a vegetação é harmoniosa
e as plantas são escolhidas de acordo com o local de instalação, o resultado é
bastante satisfatório.
Crédito: Leonardo Finotti
A mais comum é a árvore trepadeira que, quando plantada no solo,
estende-se pela superfície de apoio. Mas além dela, existe uma gama de vegetações
que podem ser escolhidas e mescladas. Aquelas que necessitam menos claridade,
como minibromélia, peixinho, repsális, véu-de-noiva e brinco-de-princesa, são
ideais para ambientes internos. Já as plantas como samambaias,
renda-portuguesa, avenca, chifre-de-veado, lambari-roxo e columeia precisam ser
instaladas em ambientes com alta incidência de luz.
Veja também: Tecnologias modulares viabilizam a execução
de jardins verticais
A seguir, selecionamos 10 projetos com parede verde que mostram
como esse tipo de instalação pode ser versátil. Confira:
Ambientes residenciais
Crédito: Mariana Orsi
Tradicional, o jardim vertical da Casa Cidade Jardim fica na área
externa. O diferencial é a mescla de plantas de diferentes cores.
Crédito: Evelyn Müller
A partir de uma praça
pública abandonada, nasce o jardim da Residência MO. Além de muro verde, a casa conta com um elaborado projeto paisagístico que preenche espaços vagos com diversos
tipos de plantas.
Crédito: Demian Golovaty
O jardim do Apartamento Piaui é discreto e reserva-se apenas à área que
faz a conexão do ambiente interno para o externo. Opção para locais com
características físicas reduzidas.
O arquiteto Guilherme Torres, responsável pela implantação deste
jardim vertical, diz que ele é uma solução híbrida. “A ideia é que as pessoas
enxerguem o jardim brotando da parede de pedra”. Depois dos moradores da AN
House solicitarem um extenso espaço para convivência social, faltou espaço para
o jardim. A solução foi construí-lo nos muros revestidos de pedra moledo com
mudas de samambaias nativas.
Crédito: Daniela Lobo
O Studio Garopaba foi um dos ambientes da Casa Cor Santa Catarina de
2014. Teve como inspiração o life style do cantor Armandinho, por isso a
forte presença de elementos naturais e praiano. Para reforçar o conceito, a
parede principal é inteira composta por samambaias.
Ambientes corporativos
empresarial, a fachada do partido horizontal do Edifício Odebrecht chama
atenção por sua extensa vegetação. O arquiteto responsável pelo projeto Aflalo
Herman explica que o sistema é revolucionário. “É uma parede com plantas
fixadas na horizontal, sem-terra. Há apenas um saco com substrato e, por dentro
dessa parede, passa uma tubulação que alimenta individualmente cada célula não
somente com água, mas com os nutrientes necessários ao desenvolvimento da planta. Por isso, a presença
da terra é dispensável”.
Crédito: Beto Consorte
O muro verde do Edifício Harmonia não é visto com frequência. Ele carrega
grandes características orgânicas – como o concreto – e a vegetação, onde 5 mil
mudas foram colocadas em poros feitos nas paredes externas, como se o local estivesse
respirando.
Saiba mais: Muros verdes melhoram a qualidade do ar e
oferecem conforto térmico a edifícios
Crédito: Marco Antônio
Com fortes características
modernas como o piso queimado e os móveis retos, o Lounge do aeroporto
internacional de Guarulhos inova na questão do aconchego. A parede ajardinada
emoldurada com madeira traz um toque humanizado para o local.
Crédito: Leonardo Finotti
O Aigai, cujo objetivo é ser um oásis urbano e natural, impressiona já
pela fachada. Em proveito do muro de 5 metros de altura, projetou-se uma farta
vegetação que também vai para o interior do local.
O retrofit do prédio que hoje abriga a Academia Runner, em Belo
Horizonte, passou por diversas mudanças de estruturação. Uma delas foi o muro
verde interno no espaço com pé-direito de 15 metros, que corta os andarem do
ambiente com folhas e flores.