Zaha
Hadid faleceu hoje, aos 65 anos de idade, depois de sofrer
um ataque cardíaco. Em seus mais de 30 anos de carreira, a arquiteta iraquiana
– vencedora do Pritzker – colecionou premiações,
importantes obras construídas e deixou outras tantas em andamento.
Royal Institute of British Architects –
RIBA
Nascida em Bagdade, no Iraque,
estudou matemática na Universidade Americana de Beirute e, posteriormente, arquitetura
na Architectural Association de Londres. Sua carreira efetiva como arquiteta
começou em 1979, quando inaugurou o próprio escritório, o Zaha Hadid
Architects.
Entre as inúmeras declarações
de comoção, o também vencedor do Pritzker Richard Rogers mencionou que Zaha “era
uma grande arquiteta, uma mulher e uma pessoa fantástica. Dos arquitetos
emergentes dos últimos anos, ninguém teve mais impacto do que ela. Ela lutou
pela sua posição enquanto mulher, lutou por cada centímetro. É uma grande
perda”.
Prêmios
Conhecida como a musa do
desconstrutivismo, Zaha estabeleceu uma posição sólida enquanto mulher no meio
arquitetônico. Foi laureada com o título
de Dama do Império Britânico em 2012, e conseguiu outros dois feitos até então
inéditos para as mulheres: em 2004 recebeu o prêmio Pritzker de Arquitetura, honraria que contempla toda a obra do
arquiteto e, no mês passado, também foi a pioneira a levar Medalha de Ouro do British Architects Gold Medal (RIBA), a
maior honraria da arquitetura do Reino Unido.
Principais obras
Dona
de um traço fluido singular, a arquiteta foi aluna e posteriormente colega de
trabalho de Rem Koolhaas, um dos arquitetos pioneiros e mais prestigiados da
corrente desconstrutivista contemporânea. Foi essa arquitetura, que contrapõe o
tradicional, que norteou a carreira de Zaha.
Centro Heydar Aliyev, Azerbaijão –
2012
Ganhou
o prêmio Designs of the Year 2014, do Museu de Design de Londres, na categoria
de arquitetura.
Crédito: Shutterstock
Dongdaemun Design Plaza, Coreia do Sul – 2014
Crédito: Shutterstock
Galaxy Soho, China – 2012
Crédito: Shutterstock
Innovation Tower, Hong Kong – 2014
Crédito: Shutterstock
Olympic Aquatic Centre, Londres – 2011
Crédito: Shutterstock
Ópera Guangzhou, China – 2011
Crédito: Shutterstock
Riverside Museum, Reino Unido – 2011
Crédito: Shutterstock
O escritório de Zaha soltou
hoje um comunicado de pesar sobre o acontecimento: “Sabemos que Kenzo Tange ou
Frank Lloyd Wright podem não ter desenhado todas as linhas ou checado cada
junção. Todavia, Zaha compartilha com eles o preciso papel de atrair as
atenções, uma influência distinta e implacável sobre todos ao seu redor. Tal
autoconfiança faz com que alguns arquitetos se sintam desconfortáveis, talvez
tenham um ciúme secreto de seu inquestionável talento. Zaha: maior que a vida,
ousada, desavergonhada e certamente adequada”.
