Linkedin, de Dante Della Manna – Foto: Nelson Kon
Redação
Galeria da Arquitetura
Quando aplicada corretamente
aos projetos de arquitetura e de interiores, a comunicação
visual traz vida ao ambiente. A recepção torna-se mais convidativa, a sala de reunião transmite harmonia e até um corredor ganha identidade. Com cores, linhas e design, os espaços se comunicam
melhor com os usuários.
Os arquitetos Gabriel
Bachilli, da AC Arquitetura Integrada/ACMA Communication & Visual Merchandising,
e Sabrina Slompo, da SASIS Arquitetura e Consultoria, revelaram à Galeria da Arquitetura
conceitos, inspirações e erros que não podem ser cometidos para que a
comunicação visual harmonize bem com os projetos.
Trabalho em equipe
Para Sabrina Slompo,
quando de fato a aplicação da comunicação visual for necessária, ela deve estar
em total harmonia com o projeto arquitetônico. “Ela precisa cumprir sua
principal função, que é a de comunicar aquilo que se propõe”, explica.
“Uma disciplina
apoia a outra sempre. A relação deve ser muito estreita, de maneira que o
usuário entenda o espaço que utiliza e assimile as informações nele dispostas
por meio de elementos gráficos inseridos com fluidez”, complementa Gabriel
Bachilli.
Supermercado Konig, de AC Arquitetura Integrada e ACMA Communication &
Visual Merchandising – Fotos: Marcelo Donadussi
Principais conflitos
Não observar o
conceito do projeto, do negócio do cliente e do caráter da instituição é algo
que, para Bachilli, não deve acontecer. “A comunicação precisa ser parte do
ambiente e não um elemento ‘colado’, estranho a ele. São disciplinas que
precisam dialogar”, conta.
Sabrina acredita que
o projeto de comunicação visual deve ser realizado paralelamente ao projeto
arquitetônico. “Itens como iluminação, distância visual e posição dos elementos
de comunicação visual são fundamentais. Por exemplo: um totem não deve esconder
algum ponto focal ou elemento essencial do projeto de arquitetura”, frisa.
Supermercado Festval, de SASIS+ARTD3 – Fotos: Nenad
Radovanovic
De onde vem a
inspiração?
A arquiteta explica
que, dependendo do propósito, até a logomarca influencia a cor da obra e dos
materiais utilizados. A iluminação pode ser utilizada para destacar o logotipo
da empresa, e a relevância do nome pode influenciar toda a concepção do projeto.
“Toda marca tem uma personalidade, que é como o cliente a interpreta. É dela
que deve partir a inspiração da comunicação visual”, concorda Bachilli.
Em um centro comercial
com diversas lojas, a posição dos logotipos nas fachadas deve ser prevista em
projeto, para que uma não se sobressaia sobre a outra. “Nesses casos, o projeto
de arquitetura pode priorizar cores neutras, para não competir com a identidade
visual de cada marca”, revela Sabrina.
Linkedin,
de Dante
Della Manna – Fotos: Nelson Kon