O estágio proporciona ao estudante a experiência
necessária para lidar com diferentes situações da profissão (crédito:
shutterstock.com / goodluz)
Redação Galeria da Arquitetura
Você entra na faculdade
de arquitetura depois de um processo exaustivo de vestibular, inicia o
curso e logo vem a expectativa de iniciar na profissão. Junto com ela, muitas
dúvidas. Afinal, como é o estágio? É possível colocar em prática tudo o que foi
aprendido dentro da sala de aula? Quanto se ganha? E como fazer para conciliar
os estudos com a jornada de trabalho?
Para te ajudar,
fizemos um pequeno guia sobre o que esperar de um programa de estágio de
arquitetura.
Tarefas
As atividades mais comuns
de um estagiário de arquitetura são: elaboração de desenhos, orçamentos,
gerenciamento dos materiais que chegam ao canteiro de obras, montagem de
cronogramas, entre outras.
“Podemos ter
estagiários que apenas detalham os projetos, aqueles que projetam espaços,
organizam arquivos, acompanham obras e etapas da execução”, reforça Lisandro
Piloni, titular do escritório de arquitetura de mesmo nome.
Ana Cristina
Tavares, arquiteta e uma das sócias da KTA Arquitetura, complementa ao dizer
que muitos estagiários fazem o acompanhamento da obra in loco. “Isso fornece ao
estudante um aprendizado único sobre o dia a dia da profissão e sobre os
imprevistos que podem ocorrer durante a execução do projeto”.
Jornada de trabalho e remuneração
“A carga horária
sugerida é o que manda a lei – seis horas diárias, totalizando 30 horas
semanais – para não atrapalhar o andamento das aulas e os compromissos
estudantis, que devem estar sempre em primeiro lugar no momento da faculdade. A
escola tem que ser prioridade”, reforça Tavares.
E o quanto isso acrescenta
no bolso? Segundo o site Love Mondays, plataforma onde é possível descobrir
salários e a satisfação dos funcionários em diversas empresas, a média salarial
de um estagiário em arquitetura é de R$ 1.242,00 mensais.
O que as empresas avaliam?
O nome da
universidade é realmente um dos fatores considerados pelas empresas. Mas as
faculdades federais não são as únicas vistas com bons olhos, de acordo com a
sócia do escritório KTA Arquitetura. “Priorizamos as universidades em que mais
acreditamos e confiamos. Esse é o critério número um”, ressalta.
Outras situações são
levadas em conta pelas empresas na hora de escolher o candidato, como o portfólio
de desenho, o conhecimento de softwares e, claro, a entrevista pessoal. “Por se
tratar muitas vezes de um primeiro emprego, a conversa informal pode ser uma
maneira de conhecer e entender o candidato, além de saber como ele lida com
pessoas, já que fazemos isso diariamente, seja com mão de obra ou clientes”, conta
Piloni.