Inscrições podem ser realizadas até o próximo dia 30 de setembro (Foto: Divulgação/CAU-GO)
Texto: Vinícius Veloso
01/09/2021 | 15:08 — Em parceria com a Agência Goiana de Habitação (Agehab), o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU/GO) lançou, no último dia 16 de agosto, o Concurso Nacional de Projeto para Habitação Quilombola. Voltado para pessoas físicas ou jurídicas, o certame visa selecionar a melhor proposta para execução de moradias nas regiões do Estado que abrigam as comunidades remanescentes de quilombos. É o caso, por exemplo, do nordeste de Goiás, onde está a maior área quilombola do Brasil, criada há 300 anos pelo povo Kalunga (que tem grupos estabelecidos nas cidades de Monte Alegre de Goiás, Cavalcante e Teresina de Goiás).
As propostas deverão considerar a dimensão máxima de 70 m2 de área construída e pé-direito útil mínimo de 2,5 m. As unidades têm que ser planejadas para implantação na área rural e com valor máximo de R$ 100 mil para a construção. Além disso, o projeto precisa considerar que há falta de serviço de abastecimento de água e de coleta de esgoto na região, portanto será necessário prever soluções como fossa séptica e poços. O edital também pede que sejam consideradas as exigências de conforto ambiental, de eficiência energética e do uso adequado dos recursos hídricos, assim como o bom aproveitamento da ventilação e iluminação naturais.
As inscrições estão abertas até 30 de setembro e podem ser realizadas pelo site do CAU/GO, que também disponibiliza o edital completo e demais documentos relacionados ao concurso. Os três melhores projetos serão premiados, respectivamente, com R$ 12 mil, R$ 6 mil e R$ 3 mil. O primeiro colocado também será contratado para desenvolver o projeto executivo.
Convidando todos os profissionais de Goiás e do Brasil, Fernando Chapadeiro, presidente do CAU/GO, destaca a importância do certame na discussão do tema. “Quanto mais propostas tivermos, mais estimularemos esse debate e a busca pelas melhores soluções”, diz. Já a arquiteta Maria Ester de Souza, coordenadora do concurso, afirma que a iniciativa é uma ferramenta importante para se avançar na arquitetura e no urbanismo, em benefício de toda a sociedade. “Os concursos estimulam a pesquisa e a prática da arquitetura. Permitem a emergência de novos conceitos e soluções e o resgate de saberes”, destaca.
