A tecnologia fotovoltaica pode reduzir os gastos com energia em até 90% (Foto: Alessandro28/Shutterstock)
Texto: Vinícius Veloso
15/03/2022 | 16:20 — O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, no último dia 11 de março, uma linha de financiamento para que os geradores a diesel sejam substituídos por usinas fotovoltaicas em edificações da região Norte do país. A expectativa é que cerca de 1,6 mil projetos, entre residências e comércios, sejam beneficiados no prazo de até 150 meses. Para estar apto a receber o crédito, o empreendimento deve passar por avaliação da Solfácil, empresa credenciada pela instituição financeira para aferir a viabilidade técnica da instalação.
O custo médio de cada sistema será de R$ 37 mil, valor 100% financiado. No total, devem ser 12 MWp (megawatts-pico) de capacidade instalada, energia capaz de atender o consumo de quase 7 mil famílias. Outra vantagem é que a linha de crédito permitirá que o consumidor tenha acesso aos recursos do BNDES sem a necessidade de intermediação. “A operação contribuirá para a democratização do acesso à geração solar para os moradores da região Norte”, diz Solange Vieira, diretora de Concessão de Crédito à Infraestrutura do BNDES.
Além disso, de acordo com o banco estatal, a adesão a uma fonte limpa e renovável de energia permite que os gastos com a conta de luz sejam reduzidos em até 90%. Ainda segundo o BNDES, somente essa economia já é suficiente para o pagamento do financiamento. Quando o empréstimo for liquidado, o consumidor se torna o proprietário do sistema fotovoltaico, que tem vida útil estimada em torno de 25 anos.
Energia solar em expansão
O aproveitamento da energia solar está em franca expansão no Brasil. Um mapeamento elaborado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostra que o país ultrapassou a marca de 14 gigawatts de potência operacional da fonte solar fotovoltaica (somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria). Com isso, a fonte solar superou a potência instalada da hidrelétrica de Itaipu, considerada a segunda maior do mundo. A entidade informa, também, que a tecnologia fotovoltaica já gerou R$ 74,6 bilhões em investimentos para o Brasil e criou mais de 420 mil empregos acumulados desde 2012.