13ª Bienal Internacional de Arquitetura terá Travessias como tema

O evento, que acontecerá entre os dias 27 de maio e 17 de julho de 2022, é do IAB São Paulo, que pretende dar foco especial em práticas sociais
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13ª Bienal Internacional de Arquitetura terá Travessias como tema

O tema parte do pressuposto da metamorfose das dinâmicas urbanas, sociais e profissionais, guiados por um instinto: a sobrevivência (Foto: IABsp/Cortesia)

Texto: Naíza Ximenes

18/05/2022 | 15:58 — A 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo está cada dia mais próxima. Com o tema “Travessias”, o evento acontecerá entre os dias 27 de maio e 17 de julho, em dois locais: no Sesc Avenida Paulista e no Centro Cultural São Paulo (CCSP).

Nesta edição, o intuito do IAB São Paulo é abordar práticas sociais, arranjos espaciais, as possibilidades de (sobre)viver e a transformação da realidade em áreas urbanas e rurais. A Bienal, que acontece desde 1973, tem a Belgo Bekaert Arames como patrocinadora master em 2022 — uma produtora mundial de arames, parceira institucional do Sesc São Paulo e do Centro Cultural São Paulo.

A curadoria da exposição é constituída por nove integrantes: Carolina Piai Vieira, Larissa Francez Zarpelon, Louise Lenate Ferreira da Silva, Luciene Gomes, Pedro Cardoso Smith, Pedro Vinícius Alves, Raíssa Albano de Oliveira, Thiago Sousa Silva e Viviane de Andrade Sá. Eles acompanham a curadora residente, Sabrina Fontenele.

Juntos, eles selecionaram a proposta da bienal durante o período de três meses — finalizado ainda em janeiro de 2021. Entre 11 temáticas avaliadas, e partindo dos conceitos de democracia, corpos, memória, informação e ecologia, “Travessias” foi a selecionada por unanimidade.

Isso porque o tema aborda uma conjuntura diretamente transformada pela pandemia de Covid-19. Ele parte do pressuposto da metamorfose das dinâmicas urbanas, sociais e profissionais, guiados por um instinto: a sobrevivência. O descritivo levanta questões, ainda, relacionadas às desigualdades socioespaciais preestabelecidas no mundo inteiro, e como essas estruturas se fragmentam em detrimento de processos históricos violentos: do racismo e sexismo ao capacitismo e colonialidade. 

Assim, para guiar os expositores, a curadoria partiu do conceito de travessias da historiadora Maria Beatriz Nascimento, (1942, Aracaju, SE – 1995, Rio de Janeiro, RJ), que investiga o “que do passado colonial e das diásporas permanece e o que se altera nesses deslocamentos das populações pelo mundo”. Eles partem do princípio de que travessias costumam ser um sinônimo de conexão — seja a ponte que conecta duas margens de um rio, ou uma escada que liga dois níveis diferentes — e de percurso — migrações, fugas e movimentos que dependem de corpos e territórios. 

Na 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura, serão expostos os trabalhos de dez convidados e de 23 selecionados por uma chamada aberta. O evento será composto por três eixos: a exposição nos dois endereços, uma extensa programação de conferências e performances, e atividades educativas.

Entre os dez convidados que farão instalações artísticas estão: Arquitetura na Periferia (Minas Gerais – Brasil), Banga Nossa (Angola), Christophe Hutin (Paris, França), Coletivo Coletores (São Paulo, Brasil), Dele Adeyamo (Nigéria/Reino Unido), Francis Kéré (Gando – Burkina Faso), Jaime Lauriano (São Paulo – BR), Mona Rikumbi (São Paulo – Brasil), Mouraria 53 (Bahia – Brasil) e Uýra Sodoma (Amazonas – BR).

A 13ª Bienal Internacional de Arquitetura terá acesso gratuito, mediante apresentação do comprovante de vacinação contra Covid-19. Para conferir horários, detalhes, endereços e descrições sobre os expositores, clique aqui.

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