A extensão foi batizada de +Colonia (Foto: Estudio Gómez Platero/Divulgação)
Texto: Naíza Ximenes
A extensão, batizada de +Colonia, acontecerá em direção aos terrenos a leste do porto, e, para a consolidação da cidade, o objetivo inicial será construir casas para 30 mil pessoas. São aproximadamente 515 hectares, com sete quilômetros de costa natural no Rio de la Plata. Entre as amenidades no novo ambiente estão duas pedreiras, uma lagoa, a proximidade de Buenos Aires — que ficará a apenas 40 minutos de distância — e de Montevidéu — a duas horas de distância.
Estima-se que o processo de construção da cidade leve ao menos dez anos até ser concluído. Durante esse período, o objetivo é criar seis mil novos empregos na economia do conhecimento, e outros dois mil na área de construção e serviços.
O projeto tem a proposta de ampliar a matriz produtiva de Colonia del Sacramento, mas com atitudes que preservam o meio ambiente. O planejamento urbano inclui o conceito de sustentabilidade e de uma estrutura celular policêntrica de natureza alveolar. Também emprega energias renováveis na estrutura, integra a paisagem natural dos ambientes de forma que dialogue com a porção urbana e, por fim, adapta as construções às características geográficas do local.
Outra novidade divulgada pelos idealizadores do +Colonia está relacionada à tecnologia. Serão instaladas diferentes redes que transpassarão dois eixos principais. Parte delas será de água potável, e parte delas será de águas cinzas úteis — destinadas à irrigação, por exemplo.
No quesito mobilidade, por sua vez, o intuito é priorizar o trânsito pedonal. Serão criados caminhos verdes, que darão espaço para a utilização de bicicletas comunitárias e skates elétricos. Além disso, a infraestrutura viária irá conectar os centros urbanos, através de dois sistemas de espaços públicos intercalados entre si: um de parques naturais e outro de vias urbanas. Vale ressaltar que o desenvolvimento de cada núcleo exigirá uma rede viária secundária pública de acordo com seu programa.
A participação cidadã é uma das premissas do projeto, que é promovida por meio da tecnologia blockchain a fim de criar tomadas de decisões democráticas e descentralizadas. É a oportunidades dos habitantes de ajudar a definir questões relacionadas ao melhor aproveitamento de um espaço público ou de uma via cultural, por exemplo.
Em suma, mais de 50% do lote será destinado a parques, pântanos e litoral público, enquanto entre 20 e 30% adicionais da área desenvolvível será destinada à rede rodoviária pública. Os ambientes urbanos ganharão comércios, escolas, lojas, centros médicos, empresas e espaços verdes — propostas pensadas para atrair novos moradores. A estimativa é que os primeiros habitantes já estejam abrigados a partir de 2023.