Museu egípcio mais antigo do mundo será revitalizado com projeto do OMA

O escritório alemão tem como desafio transformar o edifício em um destino atraente, tanto para pesquisadores, quanto para o público em geral
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Museu egípcio mais antigo do mundo será revitalizado com projeto do OMA

O edifício foi construído em 1824 e fica em Turim, na Itália (Foto: OMA/Divulgação)

Texto: Naíza Ximenes

06/02/2023 | 16:49 — O Museo Egizio, museu mais antigo do mundo dedicado à cultura do Antigo Egito, divulgou o escritório de arquitetura vencedor do concurso para a renovação de seu edifício: o alemão OMA

Construído em 1824 e situado em Turim, na Itália, o museu já realizou muitas modificações arquitetônicas ao longo dos dois séculos de existência. Agora, entretanto, os responsáveis pelo edifício não querem uma simples alteração. Eles organizaram um concurso para remodelar completamente a estrutura, com uma proposta em especial: transformar o edifício em um destino atraente, tanto para pesquisadores, quanto para o público em geral. 

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(Foto: OMA/Divulgação)

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O intuito é integrar a coleção histórica a um espaço cultural amplo e acolhedor, com um pátio coberto e conectado a uma série de salas urbanas. Para isso, o escritório OMA contou com o apoio de três especialistas locais: Andrea Tabocchini Architecture, T-Studio e o consultor histórico Andrea Longhi.

“O Museo Egizio com um pátio aberto é, historicamente, um dos principais espaços cívicos de Turim. Nossa equipe acredita que é vital restaurar a natureza pública do museu e integrá-lo novamente à rede de espaços públicos da cidade. Ao reorganizar as áreas públicas do museu atual, criamos a Piazza Egizia, que é um lugar para todo tipo de atividades compartilhadas entre o Museo Egizio e a cidade”, conta o arquiteto e Sociodiretor da OMA, David Gianotten.

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(Foto: OMA/Divulgação)

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A equipe idealizou um projeto que, segundo a coordenação do Museo Egizio, reconheceu a importância de restaurar o aspecto público do museu. O arquiteto Andreas Karavanas explica que eles “conceituaram a Piazza Egizia como um palimpsesto (papiro ou pergaminho cujo texto primitivo foi raspado para dar lugar a outro), que revela as diferentes camadas da história do museu. Esta abordagem restaura a coerência da arquitetura e empresta ao museu uma identidade lúcida, ao mesmo tempo que garante que as novas necessidades da instituição sejam atendidas”.

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(Foto: OMA/Divulgação)

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Assim, foram estruturadas seis salas urbanas distintas — cada uma com uma escala, geometria, função e qualidade características —, ligadas por uma passarela central, todas no pavimento térreo. Elas são: 

Via Duse;

Schiapparelli;

Piazza Egizia;

Portico;

Accoglienza; e

Via Accademia. 

A Piazza Egizia, a maior sala urbana, é projetada como um espaço público central, compartilhado entre o Museo Egizio e a cidade. “Foram introduzidas aberturas na fachada atual do edifício na Via Duse, convidando o público a entrar no museu e na Piazza Egizia para várias atividades cotidianas de lazer”, continua o arquiteto. O pátio multifuncional de dois níveis mostra a arquitetura original do museu e vestígios de intervenções ao longo do tempo.

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(Foto: OMA/Divulgação)

No térreo, as múltiplas aberturas históricas do pátio, fechado desde a renovação do museu em 2010, foram restauradas, conectando o espaço público de volta à cidade. O Jardim Egípcio, um espaço para eventos e aprendizado, está localizado no nível -1, onde a fachada original do Collegio dei Nobili, também escondida desde os anos 2010, foi descoberta. Finalmente, acima do pátio, a grade estrutural de aço revestida de alumínio funciona como um dispositivo para coleta de água da chuva, ventilação do ar e fornecimento de iluminação.

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(Foto: OMA/Divulgação)

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