A construção civil nacional teve mais admissões do que demissões pelo quinto mês seguido (Foto: Antonio Salaverry/Shutterstock)
Texto: Vinícius Veloso
07/07/2021 | 12:10 — A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, subordinada ao Ministério da Economia, divulgou na última quinta-feira (1º) os dados de maio do Novo Caged. A pesquisa mostra que a criação de postos de trabalho na construção civil obteve números positivos pelo quinto mês consecutivo. No período analisado pelo estudo, o setor gerou em todo o país um saldo de 22.611 novos empregos com carteira assinada. O levantamento leva em consideração a diferença entre a quantidade total de profissionais admitidos (157.583) e demitidos (134.972).
Minas Gerais foi o Estado que mais se destacou na pesquisa, com saldo positivo de 4.943 vagas oferecidas nos canteiros. Na sequência, aparecem Pará (3.041), São Paulo (2.546), Goiás (1.874) e Paraná (1.648). Por outro lado, os piores desempenhos foram registrados no Rio Grande do Sul (-768), Rio Grande do Norte (-219), Sergipe (-56) e Roraima (-55) — estados em que a construção civil mais demitiu do que contratou no último mês de maio.
O ritmo de criação de vagas em maio foi semelhante ao dos meses anteriores: abril (21.537) e março (24.315) — média cerca de 50% inferior aos números de janeiro e fevereiro (44.115). Entretanto, o estudo revela que em maio havia 2,4 milhões de postos de trabalho na construção civil — o maior nível já registrado pelo Novo Caged desde janeiro de 2020.
Análise da CBIC
Os dados do estudo foram analisados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e publicados no Informativo Eletrônico da instituição. De acordo com Ieda Vasconcelos, economista do Banco de Dados da CBIC e assessora econômica do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o número de postos de trabalho na construção permanece em crescimento e o setor continua a recuperar o seu ritmo produtivo, porém de maneira mais lenta do que seria possível. “O cenário reflete dificuldades que persistem, como a pressão exercida pelo aumento dos preços dos insumos”, diz.