Crédito: Danilo Koshimizu
Redação Galeria da Arquitetura
Não é de hoje que os especialistas em ambientes corporativos
apontam que o local de trabalho é um dos principais influenciadores no
desempenho do colaborador. Quanto mais agradável e harmônico o espaço for, mais
produtivo o funcionário pode se tornar. O contrário também pode
acontecer: quanto pior a estrutura e o conforto, menor a motivação.
Por conta disso, muitas empresas estão apostando em novas soluções para
favorecer o bem-estar das equipes. Isso abrange desde o tamanho e a disposição
do escritório, até o tipo de mobiliário.
Para abordar este assunto, conversamos com Mark Catchlove, diretor de
insights da empresa Herman Miller, especializada em móveis de escritórios.
Mudança de paradigma
Na visão do profissional, as empresas foram atrás de alternativas para
mudar o conceito dos seus escritórios impulsionadas por três aspectos:
1) A “guerra” por talento: como já citado, o local de trabalho impacta no
engajamento e na produtividade do funcionário.
2) A era das ideias: as companhias estão começando a buscar diferentes
disposições nos escritórios para estimular a fomentação de novas ideias.
3) Aumento dos valores dos imóveis: os custos imobiliários são o maior
gasto depois das despesas com funcionários. Com isso, as empresas estão questionando
a real necessidade de grandes áreas. O foco é em espaços confortáveis e
acolhedores.
“É importante balancear as necessidades do indivíduo e da empresa, e
reconhecer cada funcionário como um aliado na tentativa de alcançar os
objetivos corporativos”, complementa Catchlove.
Crédito: Danilo Koshimizu
Características dos
escritórios atuais
O diretor de insights afirma que o design do escritório tem que se
encaixar nas tarefas do funcionário. “A principal característica que eu vejo
hoje em dia é a escolha de como, quando e onde trabalhar. Porque as empresas
estão observando que dar autonomia aos profissionais aumenta a produtividade”.
As companhias também vêm investindo em mobiliário colaborativo,
que permite a integração entre os funcionários e o compartilhamento de ideias.
Ao mesmo tempo, criam espaços mais apropriados para assuntos privados,
considerando essa questão como um direito, não um luxo.
Mark Catchlove finaliza ao citar o bem-estar
físico e mental. Para ele, o mobiliário ergonômico adequado tem que vir
acompanhado por uma cultura empresarial onde as pessoas se sintam altamente
valorizadas.
Crédito: Danilo Koshimizu