Demas Nwoko recebe Leão de Ouro na 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza

A entrega do prêmio ao artista acontecerá na abertura do evento, em 20 de maio de 2023
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Demas Nwoko recebe Leão de Ouro na 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza

A recomendação partiu de Lesley Lokko, curadora da exposição (Foto: Reprodução)

Texto: Naíza Ximenes

28/03/2023 | 16:16 — A Bienal de Arquitetura de Veneza, que apresenta o tema “O Laboratório do Futuro” em 2023, premiou o artista, designer e arquiteto nigeriano Demas Nwoko com o Leão de Ouro, pelo conjunto de sua obra. 

A recomendação partiu de Lesley Lokko, curadora da exposição que, neste ano, está em sua 18ª edição e terá foco especial no continente africano e suas implicações no resto do mundo através da arte e cultura. 

Lokko, que também é arquiteta, descreveu Nwoko como um artista completo: “tudo ao mesmo tempo”. O pintor, escultor, arquiteto e designer é conhecido pela abordagem moderna, sem abandonar o classicismo africano — o que também reflete na arquitetura do profissional: inovadora, mas com bases tradicionais.

O filho de Obi (Rei) Nwoko II, príncipe Demas Nwoko, nasceu em 1935 em Idumuje Ugboko, Nigéria, e estudou no Nigerian College of Arts, Science and Technology em Zaria entre 1957 e 1961. Lá, ele se tornou membro fundador da Sociedade de Arte de Zaria — grupo que também era conhecido como “Rebeldes de Zaria” por promover a ideia de síntese natural, um conceito desenvolvido pelo artista Uche Okeke. 

Okeke visava preencher a lacuna entre a formação ocidentalizada dos artistas e sua herança africana, focando em temas e narrativas tradicionais. Seus edifícios, embora pouco numerosos, demonstram uma abordagem sustentável e consciente dos recursos, ao mesmo tempo em que incorporam formas autênticas de expressão cultural.

O arquiteto nigeriano receberá o prêmio na abertura do evento, em 20 de maio de 2023, na Ca’Giustinian, sede da La Biennale di Venezia.

“Um dos temas centrais do evento é uma abordagem da arquitetura como um campo ‘expandido’ de esforços, abrangendo os mundos material e imaterial; um espaço onde as ideias são tão importantes quanto os artefatos, sobretudo a serviço do que ainda está por vir”, explica Lesley, em comunicado oficial da Bienal de Arquitetura de Veneza.

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