Igrejinha de Brasília passará por revitalização

As obras começaram na última semana e o primeiro passo foi a troca da porta de madeira por uma estrutura metálica com maior resistência
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Igrejinha de Brasília passará por revitalização

A Igrejinha vinha sofrendo com arrombamentos (Foto: Joao Fernandez/Shutterstock)

Texto: Vinícius Veloso

01/02/2022 | 15:14 — Projetada por Oscar Niemeyer e Joaquim Cardoso, a Igreja Nossa Senhora de Fátima será revitalizada. Popularmente conhecido como Igrejinha de Brasília, o templo sofre com problemas de segurança. Somente em 2021 foram três arrombamentos, com duas dessas invasões ocorrendo em um intervalo de menos de 30 dias. 

A restauração se tornará realidade por conta da mobilização dos paroquianos e do trabalho de Gabriel Oliveira e Henrique Xavier, egressos do Centro Universitário de Brasília. A dupla começou a estudar a reforma do empreendimento em 2019, porém a atividade teve de ser pausada devido à pandemia.

Assim que a crise sanitária se tornou mais branda, as análises puderam ser retomadas e o projeto de revitalização passou pela aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que em 2017 havia tombado a edificação definitivamente. 

Com a liberação da instituição, as obras começaram na última semana e o primeiro passo foi a troca da porta de madeira por uma estrutura metálica com maior resistência. Para não comprometer os traços originais da Igrejinha, esse novo portão é de ferro — opção que mais se assemelha esteticamente à madeira ao mesmo tempo que aprimora a segurança contra arrombamentos.

Próximas etapas

Na etapa inicial, além da substituição da porta, estão previstos alguns ajustes no ambiente interno. O objetivo é proporcionar maior conforto às 50 pessoas que acompanham as missas. Já a segunda fase pretende contemplar a pintura e os reparos gerais na paróquia, assim como adequar o sistema elétrico que está exposto. Há, ainda, expectativa para a troca da iluminação e a revitalização das janelas, porém ambas ações dependem da aprovação do Iphan.

Na terceira etapa, o piso deve ser restaurado com uso do mesmo material especificado originalmente por Niemeyer e Cardoso. Também deve ser feita a reforma dos armários da sacristia e dos banheiros. Em relação aos azulejos aplicados nas paredes externas, Gabriel Oliveira e Henrique Xavier analisam a melhor maneira de executar o reparo. Por fim, o projeto pretende melhorar a acessibilidade para pessoas com restrições de movimentos.

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