Juntas, as torres totalizam 54 andares de apartamentos e 36 andares de escritórios (Foto: Ingenhoven Associate/Reprodução)
Texto: Naíza Ximenes
20/09/2022 | 17:29 — Unindo arquitetura e sustentabilidade, o escritório de arquitetura alemão Christoph Ingenhoven acaba de finalizar e inaugurar um par de arranha-céus em Tóquio, no Japão. A construção chamou atenção da população por duas características: os andares inferiores cobertos por plantas e a altura de uma das torres, que ganhou o título de torre residencial mais alta da cidade.
O projeto é constituído por dois prédios, que ficam ao lado do edifício mais alto da capital japonesa, o Toranomon Hills Tower (projetado pelo estúdio japonês Nihon Sekkei). Eles possuem 220 metros e 185 metros de altura, totalizando 54 andares de apartamentos residenciais e 36 andares de escritórios.
Eles possuem estética semelhante: ambos têm uma série de terraços na base das torres, responsáveis pelo plantio de 154 árvores, e decks de alumínio em toda a porção superior dos arranha-céus, que servem como uma área de descanso e como uma varanda na torre residencial.
Ao justificar a escolha dos ambientes arborizados, o fundador da Ingenhoven Architects, Christoph Ingenhoven, contou que, para ele, a adição de mais verde na cidade representa uma parte crucial da resposta urbana aos crescentes impactos das mudanças climáticas.
“O objetivo principal era projetar duas novas torres que se integrassem bem com o bairro circundante, respeitando a torre central mais alta e apresentando sua própria resposta urbana contemporânea”, disse. “E devolver algo à cidade, oferecendo um platô verde e acessível ao público no primeiro nível acima do solo – um local de equilíbrio com zonas de calma em meio à agitação desta grande cidade”, completou o arquiteto.
Segundo ele, o platô é reservado para pedestres e liga as
três torres entre si, dando acesso aos cafés e restaurantes, além de lojas, um
grande lobby e espaço de coworking na torre de escritórios. “Um lugar de
equilíbrio com as zonas de calma em meio à correria da maior cidade do mundo”,
ele conclui.