A construção da arquitetura desconstrutivista

Pós-modernista, a arquitetura desconstrutivista surgiu em meados da década de 1970 como um sopro de
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Pós-modernista, a
arquitetura desconstrutivista surgiu em meados da década de 1970 como um sopro
de liberdade à arquitetura conservadora carregada de traços lineares. Com
influências claras dos filósofos – e também arquitetos
Jacques Derrida e
Peter Eisenman, que elaboraram o seu conceito e prática,
a
escola Desconstrutivista carrega seu objetivo no nome.


Sabendo-se que a arquitetura tradicional “nasceu” dentro de padrões
lógicos, racionais e geométricos, baseando-se primordialmente nos eixos
coordenados e ortogonais do plano cartesiano (x, y, z), o desconstrutivismo se
opõe a isso. Ele tem como principais características desmontar formas
geométricas planas, transformar o uso de planos tradicionais em mais elaborados,
superimposição poética em diagonal de formas retangulares e trapezoidais, e,
principalmente, a natureza do objeto arquitetônico. Em suma, seu objetivo é lidar com o emocional humano e, como
já diria Derrida, causar a inquietação necessária para o questionamento e a compreensão
da obra apresentada, ainda que de maneira paradoxal. 

Coop Himmelblau (“Dachausbau” – Viena), ao lado de Bernard Tschumi
(Suiço) e Peter Eisenman (EUA) foram os precursores do movimento na década de 1970,
mas hoje o desconstrutivismo domina o hall da arquitetura contemporânea, Veja
alguns nomes:

 

Peter Eisenman

Pioneiro no movimento, Peter Eisenman sempre mostrou-se avesso a ideias
das correntes arquitetônicas estabelecidas e destacou-se na arquitetura em 1960,
quando fazia parte do New York Five, um grupo que compartilhava interesses na
pureza das formas arquitetônicas. Em 1967, Peter fundou o Institute for
Architecture and Urban Studies (IAUS), o qual dirigiu até 1982, reunindo
figuras importantes como Kenneth Frampton, Rem Koolhaas e Anthony Vidler.
Atualmente, é professor na Universidade de Yale. Entre suas principais obras
figuram: A Cidade da Cultura, Wexner Center for Visual Arts
e Memorial aos Judeus Mortos da Europa. 

Museu Guggenheim Bilbao


Ciudad de la cultura


Rem Koolhaas

É um arquiteto, jornalista e cineasta irlandês, considerado por Frank Gehry
um “um dos pensadores mais brilhantes do nosso tempo”. Em 1978,
Koolhaas escreveu o livro Delirius New York, um estudo sobre urbanismo e
cultura metropolitana que se tornaria um dos mais importantes textos teóricos
pós-modernistas sobre arquitetura. Também é fundador do OMA – atelier
experimental de arquitetura. Suas obras se destacam por serem monumentais e com
formas inusitadas. Incorpora conceitos desconstrutivistas caracterizado por um
caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade.

Biblioteca Central de Seattle

 

CCTV Headquarters



Zaha Hadid

Dama da arquitetura contemporânea, Zaha é conhecida
pelo seu estilo futurista e formas polemicas –
como o estádio que sediará a
abertura das olimpíadas de 2020 em Tóquio
As principais
características de seus projetos são a fragmentação, os desenhos não lineares e
as formas orgânicas e fluidas. Laureada com o Pritzker de Arquitetura em 2004,
fundou o Zaha Hadid Architects, escritório no qual desenvolve uma série de
projetos, entre eles, Museu Lois and Richard Rosenthal Center of Contemporary
Art, Riverside Museum e Maxxi.


Iba Housing em Berlin.  Desconstrução do plano
cartesiano.


Riverside Museum



Daniel Libeskind

Conhecido como um dos mais ousados arquitetos do movimento
desconstrutivista, seus projetos já foram considerados impossíveis de saírem do
papel. E é exatamente a estranheza inicial que move Daniel a (des)construir as
mais belas obras atuais ao redor do mundo “a arquitetura deve nos fazer sentir diferente,
se não, a engenharia já seria o suficiente.” Entre suas principais obras de
arte está Jewish Museum Berlin – que reflete grande parte de sua raiz judia, já
que seus pais são sobreviventes do Holocausto, e anuncia sua forte ligação com
os símbolos. O projeto foi baseado na desconstrução da estrela de Davi, símbolo
judeu. 

Jewish Museum Berlin



Contemporany Jewish Museum



Frank Gehry 

Crítico recorrente da arquitetura atual e de projetos que se moldam por
linhas brutas e retas, Gehry é amplamente conhecido por sua arquitetura formalista,
escultural, apresentando frequentemente curvas feitas em metal. Entre suas
principais colaborações para o desconstrutivismo estão: Disney Concert House e
o Guggenheim Museum, no qual são usados materiais diferenciados. Sendo um dos
arquitetos mais discutidos no mundo atual, suas obras também são contraditórias,
apresentando-se como edifícios megalomaníacos com utilização interior duvidosa. 

Walt Disney Concert Hall


Fundação Louis Vuitton


Crédito/fonte da foto: Rem – BlogSpot,  Oui!, Concursos de projetos, Cuatro, Abduzeedo
Fonte do post: Fórum da Construção, Portal Arquitetônico, Eu Achei, Arquitetura Contemporânea, Infopedia e Abduzeedo

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