Casarão soterrado em Ouro Preto era tombado pelo Iphan

Conhecida como Solar Baeta Neves, obra do século XIX tinha sido restaurada em 2010 e integrava o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da cidade
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Casarão Solar Baeta Neves antes de ser destruído pelo deslizamento de terra em Ouro Preto, Minas Gerais

O imóvel estava fechado há quase 10 anos devido a outra queda na encosta (Foto: Reprodução/Google Street View)

Texto: Vinícius Veloso

14/01/2022 | 13:51 — Um deslizamento de terra no Morro da Forca soterrou duas edificações no centro de Ouro Preto, em Minas Gerais. Sem vítimas, o incidente aconteceu na manhã de ontem (13) e foi motivado pelo elevado volume de chuvas que castiga a região desde o início de janeiro. Entre as construções destruídas está o casarão conhecido como Solar Baeta Neves, obra do século XIX que integrava o Conjunto Arquitetônico e Urbanístico da cidade e era tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Segundo os registros, o terreno que abrigava o empreendimento foi comprado em 1890 pela família Baeta Neves. Construído nos dois anos seguintes, o casarão ficava próximo do Córrego do Funil e da Estação Ferroviária, local mais desenvolvido da então capital de Minas Gerais. Já em 2010, a residência passou por restauração através do programa Monumenta, mantido pelo extinto Ministério de Cultura. Porém, o imóvel estava fechado há quase 10 anos devido a outra queda na encosta que atingiu uma estrutura anexa localizada na parte traseira do lote.

Investigação

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito para investigar as circunstâncias do deslizamento que destruiu o casarão. Por nota, a instituição menciona os “evidentes danos ao patrimônio cultural” e destaca que solicitará explicações sobre os motivos do incidente e a dimensão das avarias. O MPF quer esclarecer, também, se outros imóveis de Ouro Preto estão sob o mesmo risco e as ações adotadas pelo município para que a situação não se repita.

O Iphan informou, em nota enviada ao portal UOL, que membros de seu Escritório Técnico visitaram o local pouco depois da queda da encosta. O Instituto ressaltou, ainda, que acompanha a situação e prestou solidariedade à cidade.

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