Mercado de trabalho para arquitetos registra crescimento

De acordo com dados do SICCAU, o nível de atividade no último trimestre de 2020 foi 12% maior se comparado com o mesmo período de 2019
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Após início de ano ruim, mercado voltou a crescer no final de 2020 (Foto: Chaosamran_Studio/Shutterstock)

Texto: Vinícius Veloso

28/01/2021 | 16:00 — Dados divulgados pelo Sistema de Informação e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) revelam que o setor reagiu nos meses finais de 2020. Após início de ano pouco movimentado — principalmente pelo impacto da pandemia —, o último trimestre registrou crescimento. Houve aumento de 12% no nível de atividade em comparação com os números do mesmo período de 2019. Entretanto, mesmo com essa retomada, 2020 terminou com queda de 6,3% frente ao ano anterior.

A pesquisa também mostra que em nove estados o índice foi positivo, com destaque para o Acre e o Amazonas. Ambos apresentaram o maior crescimento do país: 18%. Por outro lado, São Paulo, que concentra cerca de um quarto dos trabalhos realizados no Brasil, teve queda de 13%. A situação foi pior no Rio de Janeiro e na Bahia, com retração de 21%. 

Em 2020, mais de 1,5 milhão de serviços foram executados pelo setor. Uma leve queda em relação a 2019, quando houve registro de mais de 1,6 milhão de atividades — recorde da série histórica medida desde 2011 pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).

Em agosto, setor começou a registrar crescimento em comparação com 2019 (Imagem: Divulgação/CAU-BR)

Arquitetura x construção civil

Dentro da construção civil, as atividades de projeto arquitetônico foram as menos prejudicadas pela pandemia, segundo a pesquisa. Com queda de 3,7%, o segmento teve resultados melhores do que os trabalhos de gestão (-11%) e de obras (-10%). Os projetos arquitetônicos somam 53% do total de serviços em 2020, enquanto as obras representam 32%.

O perfil do arquiteto

Os dados do SICCAU também detalham o perfil do profissional brasileiro. Atualmente, são 202.588 arquitetos e urbanistas registrados no CAU. Os jovens com menos de 30 anos compõem a maioria, parcela que corresponde a 31% do mercado. Profissionais que têm entre 31 e 40 anos são 30%; os que já ultrapassaram os 50 anos são 21%. A maioria dos arquitetos e urbanistas é do sexo feminino (64%). Além disso, a quantidade de novas empresas registrou aumento de 4% em relação a 2019, com a abertura de 1.099 escritórios.

Mulheres são a maioria entre os arquitetos e urbanistas do Brasil (Imagem: Divulgação/CAU-BR)
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