Museu da História e Cultura Afro-brasileira será inaugurado no Rio em 2020

Com investimento de 4 milhões de reais, o museu deve ocupar as dependências do prédio Docas Dom Pedro II
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O Cais do Valongo é o maior porto escravista da história (foto: divulgação/Iphan)

Texto: Lucas Barbosa

11/12/2018 | 10:05 – O prédio Docas Dom Pedro II, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro (RJ), vai abrigar o Museu da História e Cultura Afro-brasileira a partir de 2020. A iniciativa pretende ressaltar o peso histórico do Cais do Valongo, o maior porto escravagista da história e considerado Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) – título anunciado no dia 23 de novembro.

O prédio está ocupado pela organização não governamental Ação da Cidadania. Entretanto, Nilcemar Nogueira, secretária municipal de cultura do Rio de Janeiro, disse que a prefeitura do município está articulando com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, a garantia de que o museu seja montado no Docas Dom Pedro II.

Segundo Kátia Bogéa, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), serão investidos 4 milhões de reais para tornar o Cais do Valongo apto à visitação.

FATO HISTÓRICO

A edificação do Docas Dom Pedro II foi de responsabilidade do engenheiro negro André Rebouças. Ele se recusou a utilizar mão de obra escrava para construção do edifício 20 anos antes da abolição da escravatura, em 13 de maio de 1888.

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