Palacete que abrigava jornal em São Luís será restaurado

A antiga sede do jornal O Imparcial será revitalizada com recursos da Lei de Incentivo à Cultura
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A ideia é que seu uso fortaleça o interesse e o propósito de preservação, uso sustentável e apoio financeiro para a preservação do patrimônio histórico (Foto: O Imparcial/Reprodução)

Texto: Naíza Ximenes

08/07/2022 | 15:19 — O palacete que abrigava o jornal O Imparcial, na cidade de São Luís, no Maranhão, será restaurado. Localizado na região central da cidade, o edifício se tornará um polo cultural e turístico da capital do Maranhão.

A iniciativa, que é fruto do Programa Resgatando a História, contará com o apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 9,5 milhões. As obras também ganharão recursos da Lei de Incentivo à Cultura — com investimentos que representam 64,7% do valor total —, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e de empresas parceiras do programa.

Aliado ao BNDES, o Instituto Pedra também declarou que terá atuação significativa no processo de restauração. As propostas iniciais incluem projetos de recuperação estrutural, de integração das comunidades do entorno, de geração de renda e de identidade cultural, e da adequação do ambiente para sediar a Secretaria Municipal de Turismo.

O processo de revitalização do edifício, além de promover a geração de empregos e fortalecer a cadeia produtiva da economia local, permitirá que o palacete, localizado na Rua Afonso Pena, antiga Rua Formosa, seja transformado em um polo para a população e turistas, recebendo mais de 8,4 mil visitantes anualmente. Durante a implementação do projeto, estima-se que serão criados 73 novos empregos. Depois da conclusão, esse número diminui para 62 vagas, diretas e indiretas, ligadas à manutenção e ao funcionamento do palacete.

No local — que, com a conclusão das obras, passará a abrigar a Secretaria Municipal de Turismo —, serão organizadas visitas guiadas, exposições permanentes sobre a história do prédio, bem como sobre pontos turísticos da Ilha de São Luís, com auditório, mirante e espaço performático.

Toda a edificação do palacete também contará com estruturas de acessibilidade, que facilitem a movimentação de pessoas com mobilidade reduzida dentro do ambiente. Além das rampas de acesso, serão instalados elevador, banheiros adaptados, conteúdo expográfico em Braille, desenvolvimento de áudio guia e legendagem dos conteúdos audiovisuais.

No desenvolvimento do projeto, os arquitetos optaram por estratégias que destaquem as características históricas, culturais e arquitetônicas utilizadas em sua construção — as mesmas de Portugal, em 1755. Assim, sistemas construtivos com gaiolas de madeira preenchidas com pedra e argamassa de barro, que fazem do imóvel um dos poucos exemplares da arquitetura tradicional portuguesa em São Luís, serão mantidos. 

O palacete integra o conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade de São Luís, no perímetro protegido pelas leis de proteção ao patrimônio cultural nos níveis estadual (Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Paisagístico da Superintendência de Patrimônio Cultural – DPHAP/SPC), federal (Iphan) e mundial (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco).

O projeto estabelece ainda ações de educação patrimonial, desenvolvimento de roteiros turísticos e capacitação de guias de turismo, estimulando, por outro lado, o uso do auditório do palacete para o setor turístico e cultural, com engajamento da população local. A ideia, segundo o BNDES, é que seu uso fortaleça o interesse e o propósito de preservação, uso sustentável e apoio financeiro para a preservação do patrimônio histórico.

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