Paris transformará a Champs-Élysées em jardim urbano linear

Já aprovada pela prefeitura da capital francesa, proposta custará 250 milhões de euros e a previsão inicial é que seja concluída até 2030
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Projeto transformará trecho de 1,9 km em um enorme jardim (Imagem: Divulgação/PCA-Stream)

Texto: Vinícius Veloso

21/01/2021 | 17:10 — A avenida mais famosa de Paris deve passar por profundas mudanças nos próximos anos. Recentemente, a prefeitura da capital francesa aprovou um plano de revitalização que transformará a Champs-Élysées em um enorme jardim urbano linear. A reforma custará 250 milhões de euros e começará somente após os Jogos Olímpicos de 2024 — que acontecerão na cidade. A previsão inicial é que as obras sejam concluídas até 2030.

Com a aprovação do plano, Anne Hidalgo, prefeita de Paris, atenderá as demandas de líderes comunitários e empresas locais. “A lendária avenida perdeu seu esplendor nos últimos 30 anos. Foi progressivamente abandonada pelos parisienses e atingida por várias crises sucessivas”, destaca o comitê da Champs-Élysées em nota que comemora a medida.

O projeto

As intervenções na Champs-Élysées estão sendo pensadas desde 2018 e a primeira proposta surgiu no ano seguinte. O projeto agora aprovado foi liderado pelo arquiteto Philippe Chiambaretta, da PCA-Stream, e visa transformar um trecho de 1,9 km da avenida. Fazem parte do plano a redução do espaço para veículos, a transformação das vias em áreas verdes para pedestres e a criação de corredores arborizados para melhorar a qualidade do ar, além de um novo desenho para a Place de la Concorde, no extremo sudeste da avenida.

De acordo com Chiambaretta, atualmente circulam na Champs-Élysées cerca de 100 mil pedestres por dia, sendo 72% turistas. Com oito pistas, a avenida é usada por uma média de 3 mil veículos por hora. O arquiteto destaca que o local se tornou um resumo dos problemas enfrentados por outras metrópoles ao redor do mundo: “poluição, lugar de carros e consumismo”. Por isso, precisa da revitalização para ser “ecológica, desejável e inclusiva”.

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