Prefeito do Rio de Janeiro pede por implosão de prédio anexo à antiga Alerj

De acordo com Eduardo Paes, a edificação não dialoga com a bela arquitetura da Praça XV, localizada na região central da cidade
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Fachada do Palácio 23 de Julho, prédio anexo à antiga Alerj

Conhecido como Palácio 23 de Julho, o prédio abrigava os gabinetes dos deputados (Foto: Reprodução/Google Street View)

Texto: Vinícius Veloso

04/03/2022 | 15:00 — Em vídeo publicado nas redes sociais no último dia 1º de março — aniversário da cidade do Rio de Janeiro —, o prefeito Eduardo Paes pediu ao Governo do Estado e ao presidente da Assembleia Legislativa (Alerj) que o prédio anexo ao Palácio Tiradentes seja implodido. Localizada próxima da Praça XV, na região central do município, a edificação abrigava os gabinetes dos deputados antes de a Alerj ser transferida para o Edifício Lucio Costa (popularmente conhecido como Banerjão), mudança que aconteceu em agosto de 2021.

“Estou aqui na Praça XV, olha que arquitetura fantástica que há aqui. Tem o Paço Imperial, o chafariz do Mestre Valentim e o Palácio Tiradentes, mas logo atrás está esse trambolho, que é o anexo da Assembleia Legislativa”, afirmou Paes no vídeo postado no perfil do Prefeito no Twitter. “Esse é o meu pedido de presente de aniversário para os cariocas. Governador Cláudio Castro e presidente André Ceciliano, dá isso para a Prefeitura poder tirar o prédio da frente. Vamos implodi-lo e abrir essa fachada linda da nossa cidade”, acrescenta.

Por meio de nota, a Alerj informou que a edificação não é responsabilidade da Assembleia desde o dia 23 de novembro de 2021, data em que o prédio foi devolvido para o Governo do Estado. Já a administração de Cláudio Castro não se pronunciou sobre o pedido do Prefeito.

Histórico

Conhecido como Palácio 23 de Julho, o prédio que o prefeito Eduardo Paes gostaria de implodir era a sede do Ministério dos Transportes. Em 1975, um ano após a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, a edificação foi cedida para a Assembleia Legislativa. Já em 2020, um projeto de lei chegou a ser aprovado para transformar o espaço no Hospital do Olho, entretanto a medida proposta por André Ceciliano, presidente da Alerj na época, não avançou.

De acordo com Noêmia Barradas, vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), a arquitetura do edifício anexo não integra o conjunto de construções históricas existentes na região. Em conversa com a Band News, ela lembrou que o prédio espelhado passou por muitas modificações nos últimos anos e que ele poderia receber uma reforma. Ainda segundo Barradas, a sugestão de Eduardo Paes para a implosão é “ousada”.

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