Projeto de restauração da fachada do edifício Copan é aprovado

Entre os problemas que atingem a fachada do edifício estão o desprendimento das pastilhas e do concreto, fissuras, infiltrações e exposição das armaduras em alguns pontos
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Restauração da fachada do edifício Copan

O Copan vem sofrendo com a deterioração desde os anos 2000 (Foto: wideweb/Shutterstock)

Texto: Vinícius Veloso

30/09/2021 | 16:17 — Uma das obras mais simbólicas de Oscar Niemeyer e cartão-postal da capital paulista, o edifício Copan está mais próximo da restauração. Isso porque o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) e o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) aprovaram parcialmente o projeto de revitalização da fachada. Elaborado pelo Instituto Pedra, especializado em intervenções em patrimônios culturais, o documento deve ter a versão final pronta até dezembro. As tratativas com os órgãos responsáveis para liberação da obra já acontecem há cerca de 10 anos.

Apesar de alguns reparos terem sido realizados nas últimas décadas, o Copan vem sofrendo com a deterioração desde os anos 2000. Entre os problemas que atingem a fachada do edifício estão o desprendimento das pastilhas e do concreto, fissuras, infiltrações e exposição das armaduras em alguns pontos. Entretanto, as vistorias não constataram danos estruturais passíveis de risco. Segundo a arquiteta Mariana Vetrone, membro da equipe de trabalho, a maior parte das anomalias tem relação com o clima e com a ação do tempo, além da falta de manutenção. 

Após analisar a situação, o Instituto Pedra dividiu o projeto de restauro em etapas com base na urgência do reparo. Nas intervenções imediatas estão a recuperação dos revestimentos da fachada e a impermeabilização da marquise. Também foi proposto o monitoramento das fundações, já que o afundamento (que acontece desde a época da construção do prédio) tem motivado o surgimento de fissuras na fachada principal. A expectativa é que as obras mais importantes sejam executadas entre um ano e meio e dois anos, dependendo da capacidade de investimento do condomínio. Porém, a administração revelou ao portal Casa Vogue que só possui dinheiro para o início da revitalização. “Para o resto, estamos em busca de pessoas e empresas que topem colaborar com o financiamento”, afirmou o síndico Affonso de Oliveira.

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