Sítio Roberto Burle Marx é chancelado como Patrimônio Mundial pela Unesco

O espaço que abriga 3,5 mil espécies de plantas subtropicais e tropicais tornou-se o 23º representante brasileiro na lista dos patrimônios mundiais
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Sítio Roberto Burle Marx, Patrimônio Mundial

O Sítio Roberto Burle Marx também guarda mais de 3 mil obras de arte sul-americanas (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Texto: Vinícius Veloso

28/07/2021 | 16:00 — Localizado na Barra de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, o Sítio Roberto Burle Marx é o mais novo Patrimônio Mundial chancelado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A área florestal de 407 mil m2 recebeu o reconhecimento na 44ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, realizada na última terça-feira (27), em Fuzhou, China. Abrigando mais de 3,5 mil espécies de plantas subtropicais e tropicais, o espaço tornou-se o 23º representante brasileiro na lista dos patrimônios mundiais, relação que tem lugares como o Conjunto Moderno da Pampulha (MG), o Parque Nacional Serra da Capivara (PI), o Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM) e Brasília (DF).

O Sítio Roberto Burle Marx, que também guarda mais de 3 mil obras de arte sul-americanas de diferentes épocas, atualmente é administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que realiza no local visitas guiadas. Para Larissa Peixoto, presidente da autarquia federal, a conquista deve orgulhar toda a população. “A chancela estabelece um compromisso para manter os valores excepcionais que tornam esse lugar de importância para toda a humanidade”, diz Peixoto, destacando que a missão agora é preservar o espaço para que as futuras gerações o aproveitem no aprendizado sobre paisagismo, botânica e arte.

Histórico

Nomeado inicialmente como Sítio Santo Antônio da Bica, o espaço foi adquirido pelo paisagista Burle Marx e seu irmão, Guilherme Siegfried, em 1949. A ideia da dupla era utilizar a área para abrigar uma coleção botânica, além de aproveitá-lo no cultivo de mudas e na realização de testes com associações de espécies vegetais. Com isso, a casa principal foi submetida a sucessivas ampliações e reformas. Também foram construídos o Salão de Festas (conhecido como Cozinha de Pedra), o Prédio da Administração, a Casa de Pedra e o Ateliê.

Já em 1985, Burle Marx resolveu doar o sítio ao Governo Federal para assegurar o prosseguimento das pesquisas, a propagação do conhecimento ali adquirido e o compartilhamento do espaço com a sociedade. Quando o paisagista morreu, em junho de 1994, o empreendimento passou para a administração do Iphan e virou um centro cultural.

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