Instalada em uma antiga usina elétrica abandonada em Berlim, na Alemanha,
a Boate Berghain está localizada em uma área isolada, deserta e escura da
cidade. Ainda assim, a balada se tornou um dos grandes, peculiares e incríveis
atrativos da capital.
A casa noturna segue a tendência das festas que surgiram no período em
que o muro ainda dividia a cidade. Naquela época, a batida techno – música
eletrônica nascida em Detroit na década de 80, nos Estados Unidos – era
comumente associada às festas ilegais que aconteciam em fábricas e grandes
edificações abandonadas nas periferias. O diferencial da Berghain é justamente
esse: se manter suja, insana e fiel às suas raízes, em contraste à maior parte
das boates convencionais de hoje.
O grande edifício de concreto, cercado por grades velhas e matas secas, não
se parece nada com as baladas que estamos acostumados aqui no Brasil. A
decoração ficou por conta do clima industrial e do aspecto do local, ou seja, abandonado
– máquinas antigas desativadas, tubos e fiações propositalmente expostos para
intensificar ainda mais a pegada underground.
Salas secretas e
escondidas estão espalhadas por toda a edificação, assim como banheiros e
espaços para descanso. Em um deles é possível encontrar poltronas parecidas com
as de aviões. Outra curiosidade é que não existem espelhos em nenhum local da
boate, nem mesmo nos toaletes.
Para entrar na boate, a política da portaria é um pouco diferente e
criteriosa. O segurança barra ou permite a entrada dos que se arriscam nas
filas quilométricas sem nenhum critério específico. Os selecionados não seguem
nenhum padrão: existem até fóruns na internet destinados à troca de
experiências e dicas de como passar pela aprovação do segurança.
A casa abre às sextas e fecha só aos domingos, depois de três noites de
agito, quando o último gato pingado vai embora.
E aí, você ousaria arriscar?
Crédito/fonte da foto: Travelioo, Karhard e Revista
RollingStone
Fonte do post: Revista RollingStone, Hypeness e Simplesmente Berlim