Crédito: Leonel
Albuquerque
Aprovado no final de 2015 pelo prefeito Gustavo Fruet, o novo Plano
Diretor da cidade de Curitiba começa a ser regulamentado. A finalidade é
que a cidade seja vista como um todo, e disponha de todas as dinâmicas
necessárias para que o crescimento do núcleo urbano ocorra de forma orgânica.
Para os próximos dez anos, o projeto pretende melhorar diretrizes como a
mobilidade, o transporte, o incentivo ao adensamento e ao zoneamento urbano.
O último item, inclusive, é uma reivindicação antiga da Asbea-PR. Isso
porque a cidade tem divisão sistemática por zonas, critério que divide o
território em setores de uso e ocupação de solo com base na infraestrutura,
topografia e sistema viário de cada região. Sendo assim, as zonas de Curitiba estão
categorizadas em ZR1, onde são permitidas somente residências; ZR2, que permite
prédios de até três pavimentos e comércios de baixa participação externa; ZR3,
com prédios de quatro pavimentos e comércio de vizinhança; e ZR4, com edifícios
de até oito andares.
De acordo com Keiro Yamawaki, arquiteto e presidente da AsBEA-PR, esse
fracionamento não traz benefícios. “Curitiba tem a fama de cidade com bairros
dormitório, diferentemente de diversas capitais como Paris, por exemplo, onde a
instalação de comércios e residências é livre. Com mais uso misto espalhado
pela cidade, diminuiremos os deslocamentos”, explica.
Com o Novo Plano diretor, a lei de zoneamento ficará
mais flexível, a fim de estabelecer maior desenvolvimento econômico e social
para a cidade. “O objetivo é promover a cidade ao patamar de incentivadora de
negócios, onde há uma facilidade maior para se projetar casas, prédios de
apartamentos e escritórios, tirando a ideia de cidade dormitório”, comenta Adolfo
Sakaguti, arquiteto e vice-presidente da AsBEA-PR.