Crédito:
Atelier Marko Brajovic
Redação Galeria da
Arquitetura
Você já ouviu falar
em biomimética? Não tem nem
ideia? É uma disciplina que propõe a emulação de modelos da natureza dentro de
domínios científicos do ser humano. Seguindo o conceito, a arquitetura
biomimética é considerada uma corrente filosófica contemporânea.
De acordo com o
arquiteto Marko Brajovic, a biomimética não pode se confundir com a
imitação de um objeto no contexto natural. “A emulação é a nível sistemático,
estrutural ou estratégico”, delimita.
Brajovic é um
exemplo de arquiteto que busca, na biomimética, soluções para seus projetos. A casa
ARCA, por exemplo, possui uma cobertura leve com
modulação de dobras que minimiza a espessura da chapa e permite vencer grandes
vãos. “O sistema foi importado de Israel e imita soluções estruturais que a
natureza usa constantemente, como nas conchas e folhas”, explica.
“A ARCA tem influência
da arquitetura biomimética nestes termos; no uso de um sistema construtivo de
cobertura que foi inspirado pela natureza e que otimiza materiais e peso, além
de cobrir grandes superfícies”, analisa o arquiteto.
MAIS EXEMPLOS
O arquiteto inglês Michael
Pawyl, um dos intelectuais da arquitetura biomimética, defendeu na conferência TED (Tecnologia, Entretenimento, Design) que o conceito pode impulsionar o
desenvolvimento sustentável na construção por três motivos: radicalização
eficiente de recursos, ciclos fechados e captação de energia solar.
Santiago Calatrava,
arquiteto espanhol, projetou um conjunto móvel na cobertura do Museu do Amanhã que acompanha o movimento do sol para
aumentar a iluminação natural e captar energia solar com células
fotovoltaicas. Uma emulação a nível sistemático, estrutural e estratégico,
semelhante ao processo de fotossíntese.
Saiba
mais: Arquitetura Biomimética: o que podemos
aprender da natureza – AsBEA
Veja também: Projetos sustentáveis na Galeria da
Arquitetura