Redação Galeria da Arquitetura
Os jardins verticais, que se apresentam como uma alternativa para o revestimento de fachadas e paredes internas de prédios novos ou de retrofits, vêm ganhando espaço no universo cinza das cidades. A facilidade de aplicação os tornam ideais para praticamente qualquer tipo de projeto, mas a especificação deve ser feita com cuidado e requer algumas análises.
De acordo com Henrique Guimarães, sócio e diretor de marketing da Ecotelhado, apesar de ser possível na maioria das situações, deve-se realizar uma breve análise na fachada que receberá o jardim vertical, a fim de verificar pontos de água próximos e a quantidade de iluminação necessária.
Cuidados de projeto
Principalmente em retrofits, é importante se certificar de que a estrutura tem resistência suficiente para receber o peso dos jardins, alerta o arquiteto e paisagista Bruno Carettoni. Além do estudo estrutural, o paisagista Gilberto Elkis conta que bastam poucas ações para garantir a integridade do jardim e das fachadas. “Deve-se preparar o local com uma simples camada de impermeabilizante e garantir o correto escoamento da água, que pode ser feito com grelha ou calha”.
Benefícios
Entre as vantagens, Guimarães cita o melhor isolamento termoacústico da edificação. Isso porque a vegetação é capaz de capturar o ar quente e de absorver os raios solares que incidem diretamente sobre as fachadas. E os benefícios não são só diretos: os jardins verticais auxiliam também na filtragem e na aderência de materiais particulados (poluentes) presentes no ar, resultando em melhorias de ordem ambiental, conforme explica o engenheiro agrônomo João Manuel Feijó, sócio da Ecotelhad