O Museu Nacional foi fundado por Dom João VI (foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Texto: Lucas Barbosa
04/09/2018 | 14:00 – Lar de mais de 20 milhões de itens, o Museu Nacional – situado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro (RJ) – foi acometido por um incêndio no último domingo (2). Devido à destruição, Alexander Kellner – diretor da instituição – cobrou apoio financeiro da União em 2019 para reconstrução do prédio.
O diretor também deseja um terreno anexo, além de verba para cercá-lo, como medida para manter o complexo em funcionamento e permitir a continuação das pesquisas. Kellner aproveitou para apontar que o complexo não foi pensado para ser um museu e que, devido ao tombamento, algumas adaptações estruturais não poderiam ser realizadas.
Roberto Leher, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), endossou o discurso de cobrança ao Governo Federal para reconstrução do prédio e de seu acervo, considerado o maior da América Latina.
Apoio
O Ministro da Educação, Rossieli Soares, disse na última segunda-feira (3) que oferecerá apoio ao Museu Nacional. Ele vai acompanhar Leher em uma visita ao complexo para verificar as condições da estrutura para posterior análise dos danos causados ao seu acervo.
Museu Nacional
Fundado em 1818, o complexo foi lar da família real portuguesa, sendo ocupada por Dom João VI, Dom Pedro I e Dom Pedro II. Além disso, também abrigou a primeira Assembleia Constituinte Republicana do país (1889 a 1891) antes de se tornar o Museu Nacional (1892).
Ele é considerado a instituição histórica mais antiga do Brasil e possuía diversas peças raras, como esqueletos de animais pré-históricos, múmias e o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas: Luzia, com 12 mil anos.
Além disso, o Museu Nacional é vinculado à UFRJ, que é responsável pela sua administração.