Belo Horizonte e Nova Lima têm queda no número de lançamentos imobiliários

Dados do Censo do Mercado Imobiliário, divulgados pelo Sinduscon-MG, mostram uma retração de 59,89% em comparação ao ano passado e de 32% em relação a fevereiro
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Belo Horizonte e Nova Lima têm queda no número de lançamentos imobiliários

É a segunda retração consecutiva na quantidade de lançamentos (Foto: Ronaldo Almeida/Shutterstock)

Texto: Vinícius Veloso

18/05/2021 | 16:55 — Março registrou queda na quantidade de lançamentos imobiliários nas cidades mineiras de Nova Lima e Belo Horizonte. A redução foi de 59,89% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 32% frente aos números de fevereiro de 2021. Os dados fazem parte do Censo do Mercado Imobiliário, pesquisa elaborada pela Brain Consultoria a pedido do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Essa é a segunda retração consecutiva, já que em fevereiro houve queda de 27,6% sobre janeiro.

Segundo Renato Michel, vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, diferentes pontos justificam os resultados, como o elevado aumento no preço dos materiais e a demora nos prazos para entrega desses insumos. As incertezas e instabilidades provocadas pela pandemia também têm influência nesse cenário. “São alguns fatores que preocupam as construtoras e podem estar adiando possíveis investimentos”, diz Michel.

Por outro lado, as vendas de novas unidades habitacionais cresceram 48,8% no mês de março em relação a fevereiro e 65,7% sobre o mesmo período do ano passado. É o terceiro mês seguido com alta nesses números — aumento que, combinado com a queda na quantidade de lançamentos, está provocando um desequilíbrio no estoque de imóveis disponíveis. A pesquisa mostrou que 16,1% de todas as unidades lançadas nas duas cidades estavam à venda. Se esse ritmo for mantido, o estoque atual é capaz de atender a demanda por apenas 6,5 meses.

Michel comenta que esse número é de aproximadamente 25% em um mercado equilibrado e que a tendência aponta para um aumento no preço dos imóveis. “Por isso, o momento atual é excelente para a compra”, analisa.

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