Governo de São Paulo quer transformar casarão da Paulista em museu de gastronomia

Segundo edital publicado pelo poder público, o casarão será concedido à iniciativa privada por 35 anos e o vencedor da licitação será responsável pelas obras de revitalização
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Palacete Joaquim Franco de Mello

O palacete Joaquim Franco de Mello é um dos últimos casarões da Avenida Paulista (Foto: Reprodução/Google Street View)

Texto: Vinícius Veloso

06/08/2021 | 14:00 — Construído em 1905, época em que os barões do café residiam na região da Avenida Paulista, o palacete Joaquim Franco de Mello deve ganhar nova função em breve. A edificação é alvo de chamada pública aberta pelo Governo de São Paulo, que pretende transformá-la em um museu dedicado à gastronomia. De acordo com o edital publicado pelo poder público, o casarão será concedido à iniciativa privada pelo período de 35 anos e o vencedor da licitação será responsável pelas obras de revitalização, comprometendo-se a preservar a arquitetura do imóvel. O Governo também permitirá que o museu receba um anexo de até 3,1 mil m2.

Com 870 m2 de área construída, o palacete ocupa um terreno de 2 mil m2 localizado no número 1.919 da Avenida Paulista (entre a alameda Ministro Rocha Azevedo e a rua Padre João Manuel). Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) em 1992, o casarão tem 35 cômodos e foi objeto de disputa entre o Governo do Estado e a família Franco de Mello por quase três décadas. Porém, em 2019, passou para o domínio público (possibilitando, assim, a chamada para reforma).

Planos anteriores

Essa não é a primeira tentativa de transformar o palacete Joaquim Franco de Mello em um museu. Em 2014, o governador Geraldo Alckmin anunciou que a edificação receberia o museu da diversidade — ideia abandonada por João Doria, que assumiu o Estado no mandato seguinte e alegou falta de recursos para a obra. Já em 2019, Doria pretendia fazer do local um museu com foco na ciência e na tecnologia, utilizando investimentos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que faria o aporte financeiro por meio do Serviço Social da Indústria (Sesi). Entretanto, a pandemia fez a CNI e o Sesi desistirem do projeto.

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