Azulejo português: história, tipos e modernização

Conheça mais sobre uma das soluções arquitetônicas mais clássicas do mundo e suas curiosidades
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Diversas casas portuguesas coloridas e com azulejos portugueses
Apesar de ser conhecido como azulejo português, o material teve origem no Egito (Foto: Iraklis Milas)

Texto: Agatha Menes

O azulejo português é um elemento arquitetônico consolidado no mercado. Concebido há mais de 500 anos, esse revestimento é muito utilizado em vários países — desde as formas tradicionais até as mais modernas.

A seguir, saiba mais sobre o azulejo português!

Qual é a história do azulejo português?

Os azulejos foram criados no Egito, mas ganharam destaque na Europa depois de o material ter sido levado pelos árabes à região da Península Ibérica. Em 1.400, o rei de Portugal — D. Manuel I — fez uma viagem à Espanha, quando tomou conhecimento desse revestimento e se encantou por ele.

A partir disso, os azulejos começaram a revestir paredes e pisos de palácios, contribuindo para a resistência e o conforto térmico das edificações.

Você sabia? A origem da palavra azulejo vem de “al-zulaich, que significa “pedrinha polida”.

Com o passar do tempo, o produto foi aperfeiçoado, inclusive com uma técnica italiana conhecida como “faiança”, que permitiu explorar cores e criar desenhos. Nas igrejas, por exemplo, foi possível transmitir mensagens religiosas. Em outro contexto, era utilizado para contar histórias de deuses mitológicos.

A partir do século XVII, a fabricação dos azulejos foi facilitada com o uso de molduras. Anos depois, já era possível ter uma produção em larga escala e com melhor custo-benefício. Isso viabilizou o uso do material em fachadas de casas e comércios, trazendo geometrias abstratas e novos desenhos.

Pessoas passando em frente à grande prédio com fachada totalmente revestida com azulejo português, que mostra diferentes cenas do cotidiano
O azulejo português tem suas cores inspirados na porcelana chinesa (Foto: Belogorodov)

Por que o azulejo português é azul?

Na época, a porcelana chinesa era marcada pelas cores branco e azul, porém o principal componente para sua produção não existia na Europa. Assim, em uma tentativa de imitar a China, os holandeses começaram a fabricar azulejos nas mesmas tonalidades. Posteriormente, essas peças foram importadas para Portugal.

Ainda que o mercado disponibilize azulejos portugueses em outras cores, os mais tradicionais realmente são os que apresentam tons de branco e azul.

Azulejo português amarelo, azul e branco exposto numa parede
O azulejo português continua sendo utilizado nos dias de hoje (Foto: inacio pires)

Veja também: 4 projetos que têm a luz como elemento arquitetônico

Quais são os tipos de azulejo português?

No século XVII, o estilo Barroco ainda era predominante. Dessa maneira, o azulejo português reproduzia cenas do cotidiano, com efeito dramático e conflituoso.

Já no século XVIII, o estilo Rococó deixou os azulejos mais “leves” e com muitas curvas. Dentro desse período, no ano de 1755, após o terremoto de Lisboa, o estilo arquitetônico Pombalino — marcado por formas geométricas — assumiu o protagonismo.

Homem andando de bicicleta em frente à grande prédio com azulejo português na fachada
O azulejo português é inspirado nos estilos Barroco, Rococó e Pombalino (Foto: Armando Oliveira)

Azulejo português na modernidade

Atualmente, diferentes objetos — como mantas, tapetes e quadros — imitam a estética do azulejo português.

Esse revestimento pode ser usado em fachadas, cozinhas, quartos e banheiros, de residências, escritórios, igrejas, entre outros locais que necessitam de um design único, conforto térmico e alta resistência.

Além disso, é um material que se integra tanto em ambientes mais clássicos e inspirados na Europa, quanto em locais mais modernos.

E aí, o que você acha do azulejo português?

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