O arquiteto Guto Requena contará como a empatia na arquitetura e a inovação tecnológica transformam espaços em experiências emocionais em talk da GA, que será transmitido dia 29 de janeiro
Texto: Naíza Ximenes
13/01/2025 | 11:50 — Com o tema “Empatia, Arquitetura e Tecnologia: Projetos e pesquisa do Estudio Guto Requena”, o próximo talk da Galeria da Arquitetura já tem data e hora marcada: dia 29 de janeiro, às 16h.
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O palestrante é o próprio Guto, arquiteto e designer fundador do escritório, internacionalmente reconhecido pelos projetos inovadores e abordagem humanizada nas obras ao longo da carreira. Com um forte apelo sustentável, o arquiteto é famoso pelas instalações que exploram a conexão entre espaços, sentimentos e o impacto de novas ferramentas no campo — a chamada arquitetura empática.
O evento será transmitido aqui, nesta mesma página do blog da Galeria da Arquitetura, e os interessados podem garantir sua participação gratuita ao inscreverem-se no forms. Há um campo destinado a perguntas e sugestões para o convidado, que serão respondidas ao vivo.
Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre na mesma universidade, Guto já foi reconhecido em vários países pelo trabalho tecnológico no meio arquitetônico.
Quando a Arquitetura e Empatia se encontram?
Em um cenário marcado por projetos focados na maximização de lucros, a arquitetura pautada pela empatia tornou-se uma raridade. Entender a necessidade do usuário, pensar no impacto de uma construção no cotidiano de alguém e criar soluções pensadas a longo prazo são alguns dos conceitos de quem projeta para além da construção.
Quando essa arquitetura combina inovação e tecnologia com empatia, o desafio costuma ser ainda maior. Projetar além da superfície exige não apenas criatividade, mas também um comprometimento com processos mais complexos e demorados. Muitas vezes, encontrar investidores dispostos a apoiar essa abordagem é um dos maiores obstáculos, já que ela demanda recursos financeiros significativos, tempo para pesquisas aprofundadas e a paciência necessária para experimentar e ajustar soluções.
Para Guto, em entrevista ao “Divã de CNPJ”, do Canal UOL, os prazos curtos são um dos maiores adversários da arquitetura empática e tecnológica. “Inovação se faz com calma, com tempo. Eu adoro quando as marcas chegam e vira algum projeto. ‘A gente quer inovação, a gente quer inovação’. 30 dias para entregar. Não se vai fazer inovação em 30 dias”, ele comenta.
Durante o talk, Guto discutirá como a empatia pode ser incorporada no processo criativo, transformando ambientes em experiências mais inclusivas e significativas. Entre os projetos emblemáticos da carreira do arquiteto que exemplificam essa filosofia, estão o Love Project (que representa histórias de amor em impressões em 3D, através de um conjunto de sensores) e o Heartwall (uma escultura sensível em que as luzes de LED representam os batimentos cardíacos de quem a toca).
A arquitetura empática é intrínseca à experiência humana. E a tecnologia é uma grande aliada ao estreitamento dessa relação. Criar espaços que dialoguem com as necessidades emocionais dos usuários virou uma necessidade.
Quer saber mais sobre o assunto? Não perca tempo! Inscreva-se no forms abaixo e envie suas perguntas para o palestrante!
Veja projetos do Estúdio Guto Requena que refletem a combinação entre Arquitetura, Empatia e Tecnologia!
Flagship Dolce Gusto
Fruto da colaboração entre o escritório de arquitetura Estúdio Guto Requena e a marca de café Dolce Gusto, da Nestlé, a Flagship Dolce Gusto marca a cidade de São Paulo como um projeto repleto de inovação e sustentabilidade.
A nova flagship da Dolce Gusto — uma loja conceito pensada tanto para aproximar marca e cliente, quanto para proporcionar uma experiência de compra especial — é uma proposta que vai além da criação de um espaço esteticamente atraente. Isso porque o projeto surgiu do desejo de inovação em todo um ecossistema, do desenho à implementação, compartilhado por ambos os colaboradores.
The Dancing Pavilion
Os discos espelhados, que compõem a fachada do The Dancing Pavilion, se movem conforme a batida da música e a movimentação do público na pista de dança. A arquitetura interativa foi idealizada para o Parque Olímpico 2016, no Rio de Janeiro. Sensores instalados na pista de dança captam a música e a agitação das pessoas, e dessa forma, estimulam os motores que ficam nos discos.
Estrela Sensível
A Estrela Sensível funciona como um instrumento musical. Com ela, os visitantes remixam os sons com o próprio corpo em movimento dentro da estrela. O equipamento interativo reproduz sons do entorno, como por exemplo, feiras de rua, trânsito, praças, Mercado Municipal e Mosteiro de São Bento.
Eu Estou
A instalação Eu Estou fica na cidade de São Paulo, capta a imagem das pessoas e as transmite com cores específicas, de acordo com a emoção escolhida por cada uma delas. São seis emoções: amor, alegria, surpresa, raiva, medo ou tristeza.
Tuiteratura
O projeto Tuiteratura une pessoas, literatura e tempo para criar uma experiência multissensorial. O conteúdo da exposição é apresentado por meio do próprio corpo, trazendo o significado do indivíduo ativo, onde som, luz, letras, corpo e imagem em combinação transmitem e recebem o conteúdo. Para isso, sensores kinetic captam a presença dos visitantes e espelham suas silhuetas em sombras eletrônicas na tela interativa, que se divide em quatro momentos.
Anote aí!
Quando: Dia 29 de janeiro
Horário: Às 16h.
Como acessar: No blog da Galeria da Arquitetura, neste post.