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Ribeiro
Redação Galeria da Arquitetura
O Copan
trouxe uma nova forma geométrica à arquitetura paulista. Completando 50 anos
neste mês de maio, o edifício tem grande importância arquitetônica para a cidade
de São Paulo, como destaca Rodrigo Cerviño, sócio do escritório Tacoa
Arquitetos Associados. “Até hoje ele é um dos ícones paulistas.
Infelizmente, o modelo de um edifício plural, com arquitetura autoral,
apartamentos para diferentes perfis de moradores e térreo comercial não foi amplamente
adotado na cidade”, comenta.
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Frazao
O pai desta pluralidade é ninguém
menos que Oscar
Niemeyer, que entregou a execução para Carlos
Alberto Cerqueira Lemos. Além de apartamentos, é sabido que o edifício
abriga comércios; e essa mistura é sistemática. “É tudo bem organizado. O
térreo, público e de livre acesso, funciona como uma rua coberta. Tem um
comércio de apoio aos moradores e à cidade com lavanderias, café, restaurantes,
galerias, acesso às portarias e elevadores dos blocos residenciais. Esse modelo
deveria ser mais adotado”, destaca o arquiteto. “Basta descer pelo elevador
para tomar um café no famoso Floresta, ou ver uma exposição na Pivo”,
complementa.
Morador do bloco D há quinze anos,
aproximadamente, Cerviño destaca o aconchego de seu apartamento e relembra um
momento memorável. “É amplo, bem iluminado e termicamente confortável. Tem uma
geometria inusitada. A vista da Serra da Cantareira é bem bonita enquadrada
pelo brise. Um dos momentos mais icônicos que presenciei da minha janela foi
ver a Rua da Consolação tomada nas primeiras Paradas Gay”, recorda.