Carta do Rio, referendada no UIA2021RIO, será enviada aos prefeitos das capitais do Brasil

O manifesto endossado por profissionais de arquitetura e urbanismo de todo o planeta defende um novo modelo de cidade no mundo pós-pandemia
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O documento é composto por diferentes tópicos (Foto: Divulgação/UIA2021RIO)

Texto: Vinícius Veloso

27/07/2021 | 17:30 — Apresentada e referendada no último dia 22 de julho, durante o encerramento do 27º Congresso Mundial de Arquitetos (UIA2021RIO), a Carta do Rio será entregue a todos os prefeitos das capitais brasileiras. O documento traz propostas objetivas para um modelo novo de cidade no cenário pós-pandemia, com atenção a assuntos como saúde pública, mudanças climáticas, moradia digna, bons espaços e diminuição da desigualdade. Elaborado com apoio de importantes entidades do país, o manifesto pretende ter força semelhante à da Carta de Atenas, escrita no Congresso Internacional de Arquitetura Moderna de 1933 e que auxiliou no desenvolvimento da Europa no período pós-guerra e pós-pandemia de gripe espanhola.

“A Carta do Rio não é só uma declaração de princípios, como costumam ser as cartas resultantes de congressos ao redor do mundo. Ela avança para ser, de fato, propositiva”, afirma Sérgio Magalhães, presidente do Comitê Executivo do UIA2021RIO, destacando que as propostas refletem a esperança e o desejo dos participantes do evento para a elaboração de um mundo que seja melhor para todos. “Para o Brasil, queremos deixar nossa contribuição com a entrega da carta para os prefeitos das capitais, que podem basear-se nela para defender um planejamento urbano que tenha como foco a diversidade e o bem-estar”, complementa.

Já conhecida pelo público do UIA2021RIO, que contou com representantes de 180 países, a Carta do Rio terá sua importância reforçada na Assembleia Geral da União Internacional de Arquitetos (UIA), quando será divulgada novamente para lideranças de diversas nações.

Conteúdo

A Carta do Rio é composta por diferentes tópicos, como o reconhecimento das diferentes maneiras de produzir cidades (incluindo periferias e favelas) e a licitação de obras públicas com base em projetos completos. O documento também propõe que a mobilidade urbana considere os recursos naturais e atenda às necessidades da população para os deslocamentos diários. Promove, ainda, a sustentabilidade no desenvolvimento urbano; a tecnologia na promoção do conceito de “cidades inteligentes”; e a igualdade por meio de práticas que integrem gênero, renda, raça e cultura (imigrantes e tradicionais) às cidades.

O conteúdo completo está disponível no site do UIA2021RIO.

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