Leilão do edifício “A Noite”, no Rio de Janeiro, não recebe propostas

Considerado o primeiro arranha-céu da América Latina, o empreendimento pertence à União e já foi sede da Rádio Nacional e do jornal vespertino “A Noite”
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Edifício A Noite no Rio de Janeiro

O lance mínimo para arrematar a edificação era de R$ 98 milhões (Foto: Carlos.Meneses/Shutterstock)

Texto: Vinícius Veloso

07/05/2021 | 14:30 — Terminou sem propostas o leilão do edifício “A Noite”, localizado na região central do Rio de Janeiro. Realizado no último dia 30, o pleito tinha o valor de R$ 98 milhões como lance inicial, mas não atraiu a atenção de nenhum interessado. Uma nova tentativa de venda deve ocorrer no próximo dia 7 de junho, com uma redução de 25% no preço. O empreendimento pertence à União e é considerado um marco da arquitetura nacional por ser o primeiro arranha-céu construído na América Latina. Sua inauguração aconteceu em 1929.

Histórico

Originalmente batizada de Joseph Gire, nome do arquiteto francês responsável pelo projeto, a edificação em art déco tem 22 andares e 102 metros de altura. Até 1934 manteve o título de prédio mais alto do Brasil, quando perdeu o posto para o edifício Martinelli, em São Paulo. Desde seus primeiros dias, abrigou a sede do jornal vespertino “A Noite” e foi justamente do periódico que veio o apelido pelo qual o empreendimento é conhecido até os dias de hoje.

Já em meados da década de 1930, outro veículo de comunicação passou a ocupar cinco andares do edifício: a Rádio Nacional, que na época tinha a maior audiência do Brasil. Em seu auge, a emissora contava com 120 atores, além de quatro maestros e sete orquestras. 

Em 2016, o prédio foi tombado definitivamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Atualmente, integra uma lista de três mil imóveis que a União tenta vender para a iniciativa privada. Seu custo mensal de manutenção é de cerca de R$ 300 mil.

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