Mudança de local do memorial a vítimas do holocausto é criticada no Rio de Janeiro

Como a cidade foi considerada Patrimônio Mundial pela Unesco em 2016, a transferência do monumento é uma ameaça ao título
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Morro do Pasmado, em Botafogo, no Rio de Janeiro (foto: Nessa Gnatoush/shutterstock)

Texto: Lucas Barbosa

29/06/2018 | 11:45 – A mudança do local onde será construído o memorial às vítimas do holocausto, no Rio de Janeiro (RJ), está sendo criticada. O Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos/Brasil) publicou uma nota de repúdio à nova localização do projeto, o Morro do Pasmado, em Botafogo – anteriormente, ele seria instalado na Enseada de Botafogo.

Os críticos defendem a necessidade de se criar um Comitê Gestor da Paisagem do Rio de Janeiro para discutir com os cidadãos a execução de obras na cidade, já que o memorial pode ameaçar o título de Patrimônio Mundial que o município recebeu da Unesco, em 2016, por conta da sua paisagem urbana.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou uma avaliação técnica, assinada pelo arquiteto e urbanista Paulo Vidal, que sugere o reestudo completo do projeto ou que ele seja construído em outro ponto da cidade.

Saiba mais sobre o memorial

Em 1998, após iniciativa do ex-deputado Gerson Bergher e apoio da prefeitura do Rio de Janeiro, então comandada por Luiz Paulo Conde, o Instituto de Arquitetos do Rio de Janeiro (IAB-RJ), promoveu um concurso para a construção do memorial às vítimas do holocausto. O vencedor foi o arquiteto André Orioli.

O monumento seria um obelisco de 22 metros de altura divido em dez blocos, nos quais serão impressos os dez mandamentos cristãos. Em abril de 2017, o atual prefeito da cidade, Marcello Crivella, decidiu alterar o local de construção do memorial.

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