Foto: Sidney Doll – Atria Alphaville, por Quitete & Faria Arquitetura
Redação Galeria da Arquitetura
Pendentes, luminárias, arandelas, spots…há uma série de materiais que podem tornar a iluminação no grande diferencial de uma casa ou apartamento. O projeto luminotécnico, no entanto, deve ser criterioso ao levar em conta a função de cada ambiente.
Compartilhamos algumas dicas das arquitetas Anna Maya (sócia de Anderson Schussler no escritório que adota os dois nomes) e Valéria La Terza, do Lab Arquitetos, sobre a iluminação certa para cada espaço. Confira!
Hall de entrada
Esse ambiente é o primeiro contato das pessoas com o interior da casa. Por isso, precisa ser impactante e acolhedor.
A iluminação pode ser indireta para dar um toque intimista, ou direta, caso a intenção seja valorizar algum elemento. Uma boa opção é “brincar” com luzes que partem do teto, das paredes ou do piso, seja a partir de lustres, pendentes, arandelas ou LED.
Foto: Nelson Kon – Casa Paraty, por studio mk27
Na Casa Paraty, do studio mk27, o acesso acontece por uma ponte metálica sobre um espelho d’água forrado por cristais. A iluminação parte do chão, destacando a estrutura em concreto aparente.
Sala de estar
A sala é um espaço versátil para confraternização, reunião e descanso. A iluminação, portanto, também pode se valer de inúmeras soluções. Tudo vai depender da personalidade e do desejo dos moradores.
“Podemos optar por diferentes gradações de luz e efeitos para atender aos diversos usos do ambiente”, explica Anna Maya. Para isso, o uso de dimmer é essencial, pois regula a intensidade da luz, adaptando o espaço seja para um momento de relaxamento ou mesmo para não atrapalhar a quem assiste à televisão.
Foto: Evelyn Müller – Residência MO por Reinach Mendonça Arquitetos Associados
Ainda segundo a arquiteta, a luz indireta, por exemplo, “traz conforto e cumpre bem a função de iluminar os espaços”. Foi esse recurso que o escritório Foco Luz e Desenho adotou na sala de estar da Residência MO.
Nesse projeto – com projeto arquitetônico de Reinach Mendonça –, uma régua de aço corten emite uma luz contínua que se direciona para cima, enquanto pequenos pontos focais se espalham pelo teto.
Cozinha/sala de jantar
Na cozinha, onde a funcionalidade e a limpeza são primordiais, deve-se garantir, sobretudo, a boa claridade. Assim, tudo se torna mais visível, o que facilita a preparação dos alimentos. Para isso, as luzes brancas são as mais apropriadas.
Foto: Marcelo Donadussi – Casa Enseada, por Arquitetura Nacional
Bom exemplo é a cozinha da Casa Enseada, projetada pelo escritório Arquitetura Nacional, pois além de contar com bastante luz natural, dispõe de três luminárias embutidas no forro, que pairam sobre a bancada de serviço.
Foto: Marcus Camargo – Apartamento J.R., por Tayná Gonçalves Arquiteta
As mesmas especificações do projeto luminotécnico da cozinha servem para a sala de jantar. Na maioria dos casos, são incorporados pendentes que concentram a luz sobre a mesa, assim como no Apartamento J.R., da arquiteta Tayná Gonçalves.
Terraço
Como ressalta Anna, os ambientes externos precisam de atenção especial, principalmente aqueles que integram áreas, como piscina, e podem ser usados durante à noite. No Apartamento dos Ingleses, a arquiteta iluminou os bancos de alvenaria por baixo com fitas de LED, assim como o deck.
Foto: Sidney Kair – Apartamento dos Ingleses, por Anna Maya & Anderson Schussler Arquitetura
“O efeito é quase etéreo, criando a ilusão de flutuação do deck. Ainda assim, utilizamos arandelas nos muros e luz embutida no teto do frontão que faz a integração do living com o terraço”, complementa.
Home office ou área de estudo
De acordo com a arquiteta Valéria La Terza, a iluminação nesses ambientes deve ter intensidade que não prejudique a vista, nem relaxe demais o morador. As luminárias pendentes ou de mesa são boas opções para trazer luz às bancadas e ao espaço do computador.
Esse exemplo pode ser conferido na Casa RMK, do Melo Mesquita Arquitetura.
Foto: André Diogo Moecke – Casa RMK, por Melo Mesquita Arquitetura
Dormitórios adultos e infantis
Intimista e particular, o quarto possui uma característica primária: ser um local de descanso. Portanto, é importante pensar numa luz difusa que traga aconchego, mas sem abrir mão de elementos que auxiliam atividades secundárias, como trabalho e leitura. Nesses casos, abajures, pendentes próximos à cabeceira, além de luminárias de piso e de mesa, funcionam muito bem.
Foto: Maura Mello – Apartamento GT230, por Studio Igor Miyahara
Alguns desses objetos aparecem no dormitório do Apartamento GT230, concebido pelo Studio Igor Miyahara. Além da luminária de mesa e do pendente – que ainda desempenha função decorativa –, o espaço acompanha uma sanca.
Para o quarto das crianças, vale apostar em peças lúdicas, como as do apartamento Mirante da Praça, projetado pelo escritório ANF Arquitetura. Os arquitetos criaram um céu estrelado e inseriram uma luminária de LED RGB em forma de nuvem.
Foto: André Freitas – Mirante da Praça, por ANF Arquitetura
Banheiro
Para caprichar nos efeitos de luz do banheiro, é possível utilizar sancas de teto e arandelas próximas ao espelho. Esses materiais dão conta das atividades do dia a dia, como fazer a barba ou se pentear.
No apartamento Atria Alphaville, cujo projeto é de Quitete & Faria, as sancas percorrem a extensão do banheiro, que também possui espelhos refletindo luz para todos os cantos do ambiente.
Foto: Sidney Doll – Atria Alphaville, por Quitete & Faria Arquitetura
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