Escritório brasileiro vence concurso de arquitetura humanitária na África

O projeto é de Klaus Schmidt, Carolina Souza, Debora Nunes e Juliana Akemi, que, juntos, idealizaram uma escola para meninas em Moçambique
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O time de arquitetos procurou por estratégias que contribuíssem econômica, social e ambientalmente com o espaço onde a escola se situará (Foto: KAS ARQ/Reprodução)

Texto: Naíza Ximenes

28/11/2022 | 16:35 — Os arquitetos Klaus Schmidt (do KAS ARQ), Carolina Souza, Debora Nunes e Juliana Akemi ganharam um prêmio de arquitetura humanitária na África pelo projeto de uma escola para meninas. A construção, que ficará em Moçambique, faz parte do concurso promovido pela Archstorming, que tinha o intuito de viabilizar a proposta da ONG Kurandza de criar um novo centro de ensino. 

A obra terá início em 2023, e o projeto prevê uma estrutura com salas de aula, creche, áreas de alimentação, lazer e convívio. Pensado para promover a máxima integração entre alunas e professores, o edifício desenhado em ‘U’ permitirá que as crianças explorem, brinquem e aprendam com mais liberdade.

O time de arquitetos procurou por estratégias que contribuíssem econômica, social e ambientalmente com o espaço onde a escola se situará. Assim, eles priorizaram a utilização de materiais de origem local, o emprego de sistemas construtivos simples, a autossuficiência energética e o respeito à natureza e às tradições locais.

A escola ganhou formato semicircular (que assegura a preservação das árvores existentes), instalação de placas fotovoltaicas para captação de energia solar, reservatórios subterrâneos para armazenamento e reúso da água da chuva, ventilação e iluminação naturais e refrigeração passiva, tecidos suspensos no teto (que contribuem para a absorção sonora e funcionam como uma câmara de contenção de ar quente), telhado que protege as salas de aula da luz solar direta e do calor intenso e janelas pivotantes, bem como painéis lúdicos, que ajudam a integrar os espaços internos e externos e permitem o controle de luz e ventilação conforme desejado.

Para Klaus Schmidt, o momento é de muita felicidade para toda a equipe. “Estamos em êxtase com a conquista e em poder contribuir com uma causa tão nobre. Estamos contando as horas para ir à Moçambique ajudar na construção do projeto. É um marco em nossas carreiras e em nossas vidas. Não só pela projeção internacional, mas, principalmente, por participar da história da ONG Kurandza”, pontua. Por meio desse projeto, o time conseguiu demonstrar que não há restrições tecnológicas ou financeiras que impeçam um belo resultado arquitetônico. “É uma conquista da ONG e suas 250 alunas. Um motivo de orgulho para elas, suas famílias e todos os moradores da vila de Chivonguene. Que seja um grande passo para o desenvolvimento da educação feminina na região”, conclui Klaus.

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