Estudo mapeia estado das calçadas na cidade de São Paulo

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Estudo detalha a situação das calçadas na cidade de São Paulo

No centro expandido, a largura mediana das calçadas fica acima dos 3 m (Foto: Alf Ribeiro/Shutterstock)

Texto: Vinícius Veloso

23/09/2021 | 14:48 — A atual situação das calçadas da cidade de São Paulo bem como as ações planejadas para elas foram detalhadas em um levantamento elaborado pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM), grupo multidisciplinar sediado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e no Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). De acordo com a pesquisa, as periferias concentram a maior quantidade de calçadas com largura inferior a 2 m — medida mínima para que os deslocamentos dos pedestres sejam seguros. Por outro lado, na região do centro expandido, a largura mediana fica acima dos 3 m.

A nota técnica “Priorizar o transporte ativo a pé!” foi criada a partir de dados georreferenciados do GeoSampa (portal da Prefeitura que segue as diretrizes do Plano Diretor Estratégico) e da Pesquisa Origem do Metrô. Porém, o CEM aponta para uma ausência de informações abertas e sistematizada sobre o tema, demonstrando o quanto se precisa avançar no monitoramento das calçadas. O grupo menciona o exemplo do sistema de contagem de pedestres da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que se concentra no centro da cidade e pouco analisa as periferias, onde os deslocamentos a pé são mais frequentes.

“A falta de monitoramento de pedestres nessas áreas, com alta proporção de deslocamentos a pé, pode prejudicar o diagnóstico e o planejamento da rede de circulação para pedestres e reproduzir padrões de desigualdades socioespaciais da infraestrutura do sistema de transporte”, destaca o estudo, que faz parte de uma coleção de levantamentos divulgados semanalmente pelo CEM. As pesquisas abordam temas do planejamento municipal, como a mobilidade, o parque imobiliário, o orçamento público e a participação da sociedade.

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